domingo, 8 de novembro de 2015

REFLEXÃO DO PAPA FRANCISCO SOBRE O EVANGELHO DO XXXII DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO B)

Mc 12, 38-44  O evangelho deste XXXII domingo do tempo comum – disse hoje o Santo Padre – apresenta-nos os escribas, mestres da lei, mas que se pavoneavam em público e queriam os primeiros lugares nas sinagogas e praças. Ao contrário, o verdadeiro exemplo de vida neste domingo vem de uma velha viúva que no Templo de Jerusalém apenas dá duas pequenas moedinhas como oferta, mas é a ela que Jesus observa atentamente. Depois ensina aos seus discípulos que ela deu tudo o que tinha, enquanto os outros davam com ostentação. Quantidade e plenitude: dois vetores de reflexão em que o segundo é nitidamente mais importante, segundo o Papa Francisco, que contou mesmo uma pequena história: “Uma mãe e os seus filhos estavam a comer costeletas à milanesa e um dos filhos abriu a porta a um pedinte e disse à mãe para dar-lhe costeletas daquelas que estavam no frigorífico. Mas a mãe cortou metade das costeletas de cada um deles para assim partilharem aquilo que estavam a comer.” O Papa Francisco deu uma explicação concreta a este exemplo e à importância da plenitude na vida cristã: “Perante as necessidades do próximo, somos chamados a privarmo-nos de algo de indispensável, não só supérfluo; somos chamados a dar o tempo necessário, não só aquele que sobra; somos chamados a dar de imediato e sem reservas algum nosso talento, mas não depois de o ter utilizado para os nossos desejos pessoais ou de grupo.”