Jo 3,
14-21 No Angelus deste IV Domingo da
Quaresma, chamado de domingo da alegria, o Papa deixou uma mensagem de
encorajamento na sua reflexão, inspirada no Evangelho de São João, proposto
pela liturgia do dia.
A alegria e a salvação – frisou – são o centro do
anúncio cristão, pois “quando a situação parece desesperadora” Deus oferece-as
ao homem, pois não está separado dele. Ele “entra na história da humanidade,
envolve-se na nossa vida, entra, para animá-la com a sua graça e salvá-la”.
Neste sentido, devemos estar atentos para “escutar
este anúncio, rejeitando a tentação de nos considerarmos seguros de nós mesmos,
de querermos deixar de lado Deus, reivindicando uma absoluta liberdade d’Ele e
da sua Palavra”.
O Papa recorda-nos que é preciso ter coragem para “nos
reconhecermos por aquilo que somos”, frágeis, limitados. E quando nos deparamos
com os nossos pecados e fraquezas, “pode acontecer sermos tomados pela
angústia, pela inquietação pelo amanhã, pelo medo da doença e da morte”:
“Isto explica porque muitas pessoas, buscando
uma saída, enveredam às vezes por perigosos atalhos, como por exemplo o túnel
da droga, ou o das superstições, ou o de desastrosos rituais de magia”.
Nós devemos sim reconhecer os próprios limites e
fragilidades – disse o Papa - mas “não para nos desesperarmos, mas para as
oferecer ao Senhor e Ele ajuda-nos no caminho da cura, leva-nos pela mão, mas
nunca nos deixa sozinhos, nunca. Deus está connosco e por isto me alegro, nos
alegramos hoje: «Alegra-te Jerusalém – diz – porque Deus está connosco»”.
“Quando somos verdadeiros cristãos”, mesmo diante
das tristezas “existe aquela esperança que é uma pequena alegria que cresce e
nos dá segurança”:
“Nós não nos devemos desencorajar quando vemos
os nossos limites, os nossos pecados, as nossas fraquezas: Deus está ali, Jesus
está na cruz para nos curar. Este é o amor de Deus. Olhar para o Crucifixo e
dizer dentro: «Deus me ama»”.
Deus “é maior do que as fraquezas, infidelidades e
pecados. E tomemos o Senhor pela mão, olhemos para o Crucifixo e sigamos em
frente”.
Ao concluir, o Santo Padre invocou a proteção de
Maria, Mãe da Misericórdia, para que coloque no nosso coração “a certeza de que
somos amados por Deus. Que esteja próxima de nós nos momentos em que nos
sentimos sozinhos, quando somos tentados a rendermo-nos às dificuldades da
vida. Comunique-nos os sentimentos de seu Filho Jesus, para que o nosso caminho
quaresmal se torne experiência de perdão, de acolhimento e de caridade”.