Mt 25,31-46 “No fim de nossas vidas, seremos julgados pelo
amor, isto é, pelo nosso esforço concreto em amar e servir Jesus em
nossos irmãos menores e necessitados. Jesus virá no final dos tempos para
julgar todas as nações, mas vem a nós todos os dias, em muitas maneiras, e nos
pede para acolhê-lo. Aquele mendicante, aquele afamado, aquele
encarcerado, aquele doente é Jesus. Pensemos nisto”. São as palavras
pronunciadas pelo Papa Francisco no Angelus deste domingo (26/11),
descrevendo, no comentário sobre o Juízo Universal, a “Cristo como rei, pastor
e juiz, que mostra os critérios de pertença ao Reino de Deus”.
“Que a Virgem Maria nos ajude a encontrá-lo e a recebê-lo em sua Palavra e na Eucaristia, e ao mesmo tempo, nos irmãos
e irmãs que sofrem com a fome, a doença, a opressão, a injustiça. Que os nossos
corações possam acolhê-lo no hoje das nossas vidas, para que sejamos acolhidos
por Ele na eternidade do seu Reino de luz e de paz”.
Em sua breve catequese, diante de algumas milhares
de pessoas, na Praça São Pedro, o Papa recordou as indicações do
Evangelho sobre o Juízo Universal, apresentadas na Liturgia de hoje:
“Vinde! Recebei como herança o Reino que meu Pai
vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome e destes-me
de comer; eu estava com sede e destes-me de beber; eu era estrangeiro e recebestes-me
em casa; eu estava nu e vestistes-me; eu estava doente e cuidastes de mim; eu
estava na prisão e fostes visitar-me”.
“Os justos, comentou o Papa, ficam surpresos,
porque não se lembram de ter encontrado antes Jesus e muito menos de tê-lo
ajudado daquela forma; mas Ele declara: ‘todas as vezes que fizestes isso a um
dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!'. Esta palavra nunca
deixa de nos surpreender, porque nos revela até que ponto chega o amor
de Deus: até ao ponto de se colocar no nosso lugar, mas não quando estamos
bem, saudáveis e felizes... não! Quando estamos necessitados. E desta forma,
escondida, Ele se deixa encontrar e estende-nos a mão, como um mendigo.
Assim Jesus revela o critério decisivo de seu juízo, ou seja, o amor concreto
pelo próximo com dificuldades. E assim revela o poder do amor, a realeza de
Deus: solidário com quem sofre para suscitar em todos os lugares atitudes e
obras de misericórdia”.
“Mas- recordou Francisco – a palavra do juízo
prossegue apresentando o rei que afasta de si aqueles que durante as suas vidas
não se preocuparam com as necessidades dos irmãos”.
“Também neste caso, eles ficam surpresos e
perguntam: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como
estrangeiro, ou nu, doente ou preso,
e não te servimos?' Ou seja, ‘Se tivéssemos visto, certamente teríamos ajudado!’ Mas o rei responde: ‘todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes’!”.
e não te servimos?' Ou seja, ‘Se tivéssemos visto, certamente teríamos ajudado!’ Mas o rei responde: ‘todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes’!”.