domingo, 26 de novembro de 2017

REFLEXÃO DO PAPA FRANCISCO SOBRE O EVANGELHO DA SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO (ANO A)


Mt 25,31-46 No fim de nossas vidas, seremos julgados pelo amor, isto é, pelo nosso esforço concreto em amar e servir Jesus em nossos irmãos menores e necessitados. Jesus virá no final dos tempos para julgar todas as nações, mas vem a nós todos os dias, em muitas maneiras, e nos pede para acolhê-lo. Aquele mendicante, aquele afamado, aquele encarcerado, aquele doente é Jesus. Pensemos nisto”. São as palavras pronunciadas pelo Papa Francisco no Angelus deste domingo (26/11), descrevendo, no comentário sobre o Juízo Universal, a “Cristo como rei, pastor e juiz, que mostra os critérios de pertença ao Reino de Deus”.
“Que a Virgem Maria nos ajude a encontrá-lo e a recebê-lo em sua Palavra e na Eucaristia, e ao mesmo tempo, nos irmãos e irmãs que sofrem com a fome, a doença, a opressão, a injustiça. Que os nossos corações possam acolhê-lo no hoje das nossas vidas, para que sejamos acolhidos por Ele na eternidade do seu Reino de luz e de paz”.
Em sua breve catequese, diante de algumas milhares de pessoas, na Praça São Pedro, o Papa recordou as indicações do Evangelho sobre o Juízo Universal, apresentadas na Liturgia de hoje:
“Vinde! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome e destes-me de comer; eu estava com sede e destes-me de beber; eu era estrangeiro e recebestes-me em casa; eu estava nu e vestistes-me; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes visitar-me”.
“Os justos, comentou o Papa, ficam surpresos, porque não se lembram de ter encontrado antes Jesus e muito menos de tê-lo ajudado daquela forma; mas Ele declara: ‘todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!'. Esta palavra nunca deixa de nos surpreender, porque nos revela até que ponto chega o amor de Deus: até ao ponto de se colocar no nosso lugar, mas não quando estamos bem, saudáveis e felizes... não! Quando estamos necessitados. E desta forma, escondida, Ele se deixa encontrar e estende-nos a mão, como um mendigo. Assim Jesus revela o critério decisivo de seu juízo, ou seja, o amor concreto pelo próximo com dificuldades. E assim revela o poder do amor, a realeza de Deus: solidário com quem sofre para suscitar em todos os lugares atitudes e obras de misericórdia”.
“Mas- recordou Francisco – a palavra do juízo prossegue apresentando o rei que afasta de si aqueles que durante as suas vidas não se preocuparam com as necessidades dos irmãos”.
“Também neste caso, eles ficam surpresos e perguntam: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso,
e não te servimos?' Ou seja, ‘Se tivéssemos visto, certamente teríamos ajudado!’ Mas o rei responde: ‘todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes’!”.