O bispo de Setúbal afirmou hoje na primeira
saudação aos diocesanos que deseja ser acolhido “como irmão e como um dom”,
numa nova comunidade que “não é nem quer ser” uma “organização fechada”.
“Peço, pois, que me aceiteis como irmão e como um
dom. Esses são os sentimentos mais verdadeiros para convosco”, disse o novo
bispo da Diocese de Setúbal no fim da celebração de ordenação episcopal.
“A vós, pois, caros irmãos e irmãs desta Igreja de
Deus em Setúbal, peço licença! Peço-vos licença para entrar e fazer parte da
vossa comunidade. E peço igualmente que me acolhais como irmão”, acrescentou.
Para D. José Ornelas, “Igreja não é nem quer ser
uma organização fechada em si mesma”.
“Temos o gosto de ser parte da Igreja de Deus que
se estende pelo mundo inteiro”, recordou o bispo de Setúbal.
Para o novo bispo da região sadina, Igreja enfrenta
o desafio de não pensar “apenas em si própria”, mas abrir “os olhos e o
coração” e sair “ao encontro dos que mais precisam”.
D. José Ornelas recordou o encontro com o Papa Francisco,
que lhe pediu para “ser missionário em Setúbal”.
“A partir desse encontro, eu aceitei, de coração
inteiro, esta proposta, como um dom e um chamamento de Deus, confiando na
presença do seu Espírito e na vossa oração, comunhão e oração”, lembrou.
D. José Ornelas foi nomeado pelo Papa Francisco com
terceiro bispo da Diocese de Setúbal no dia 24 de agosto de 2015, sucedendo a
D. Gilberto Reis, bispo desde 1998, e a D. Manuel Martins, responsável pela
diocese deste o ano da criação, 1975, até 1998.
Superior geral dos Sacerdotes do Coração de Jesus
(Dehonianos) entre 2013 e 2015, D. José Ornelas tem 61 anos, é natural da
Madeira, foi ordenado sacerdote em 1981 e depois foi professor de Ciências
Bíblicas na Universidade Católica Portuguesa, área em que se doutorou em 1997.
PR