Mc 2,23–3,6
No Evangelho deste IX Domingo do tempo comum, São Marcos diz que, para os fariseus, os discípulos de Jesus
cometeram duas infrações: apropriaram-se do que não lhes pertencia e o fizeram
em dia de sábado.
Então, Jesus recorre às Escrituras e a um maior
esclarecimento do sentido do sábado, mostrando que, diante da fome, tudo se
torna secundário.
A vida humana está acima de qualquer lei ou
estrutura. Jesus reage com indignação e tristeza diante dos que resistem ao seu
ensinamento e à sua prática. Por isso, mostra até onde vai a exigência de a lei
do sábado estar a serviço da vida.
Por outro lado, ao colocar o doente ao centro e
curá-lo, Ele indica, mais uma vez, sua opção pelos desprezados.
Hoje, nós cristãos, celebramos o Dia do Senhor no
domingo, o dia em que Cristo venceu todas as forças do mal e ressuscitou. Por
isso, os primeiros cristãos mudaram o sagrado costume judaico de santificar o
dia de sábado.
A santificação do sétimo dia, para o povo judeu,
prescrita no Antigo Testamento, passou, por disposição dos Apóstolos, a ser
praticada no primeiro dia da semana, o domingo, dia santificado dos cristãos.
Ao longo de vinte séculos de história, a Igreja
Católica, juntamente com as outras igrejas cristãs, sempre reconheceu o sentido
sagrado deste dia, vendo nele a Páscoa da semana, que torna presente a vitória
de Cristo sobre o pecado e a morte.
Domingo é dia do Senhor, que nos quer todos
reunidos para participar da Eucaristia, ouvir sua Palavra e celebrar a ação de
graças. É o dia em que as famílias e as comunidades se encontram, para reforçar
os laços de comunhão e amizade. É o dia em que o ser humano se revigora em suas
forças físicas e espirituais. É dia de descanso, um direito que é expressão de
justiça social, que possibilita a convivência com a família e com a comunidade.
O domingo, enfim, é o dia da vida, da festa, da
alegria; não é apenas um feriado, mas um dia santificado: “Guardar e santificar
o dia do Senhor” (Presbíteros - Roteiros Homiléticos)