O Papa
Francisco assinalou na passada 4ª feira, no Vaticano, o início da semana de oração pela unidade
dos cristãos, afirmando que este esforço ecuménico é um sinal de “esperança”
para a Europa.
“Na Europa, esta fé comum em Cristo é como um fio
de esperança: pertencemos uns aos outros. Comunhão, reconciliação e unidade são
possíveis”, disse, na audiência pública semanal que decorreu na sala Paulo VI.
Na saudação aos peregrinos de língua portuguesa,
Francisco sublinhou que estes dias de oração são um apelo à “comunhão de preces
e de esperanças
“O movimento ecuménico vai frutificando, com a
graça de Deus. Que o Pai do Céu continue a derramar as suas bênçãos sobre os
passos de todos os seus filhos. Irmãs e irmãos muito amados, servi a causa da
unidade e da paz”, concluiu.
A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que
no hemisfério norte se celebra de 18 a 25 de janeiro, evoca em 2017 os 500 anos
da reforma protestante, iniciada por Martinho Lutero.
O documento de reflexão preparado e publicado em
conjunto pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos
(Santa Sé) e a Comissão Fé e Constituição (Conselho Mundial de Igrejas) tem
como tema central a “reconciliação”.
O tema da Semana de Oração pela Unidade dos
Cristãos de 2017 inspira-se numa passagem da segunda carta de São Paulo aos
Coríntios: ‘Reconciliação: é o amor de Cristo que nos impele’.
A 31 de outubro de 2016, o Papa e o presidente da
Federação Luterana Mundial (LWF, siga em inglês), assinaram na Suécia uma declaração
comum, por ocasião da comemoração conjunta católico-luterana dos 500 anos da
reforma protestante. Francisco recordou a “emoção” que esta viagem
lhe provocou. "No espírito daquela comemoração comum da
reforma, olhamos mais para o que nos une do que para aquilo que nos separa e
continuamos juntos o caminho para aprofundar a nossa comunhão e dar-lhe uma
forma cada vez mais visível", declarou.