Mt
2,1-12 Hoje, antes da oração mariana do Angelus e, dirigindo
aos milhares de peregrinos e fiéis presentes na Praça de S. Pedro, o Papa
Francisco falou do significado da Epifania do Senhor, isto é, a manifestação de
Jesus que brilha como luz para todos povos. Símbolo desta luz que brilha no
mundo e quer iluminar a vida de cada um, disse o Papa, é a estrela que guiou os
Magos até Belém.
Também na nossa vida existem várias estrelas, luzes
que brilham e orientam, e cabe a nós escolher quais queremos seguir:
“Há luzes intermitentes, que vão e vêm, como as
pequenas satisfações da vida: embora boas, não são suficientes, porque duram
pouco e não deixam a paz que procuramos; estão depois as luzes deslumbrantes da
ribalta, do dinheiro e do sucesso, que prometem tudo e agora: são sedutoras,
mas com a sua força cegam e fazem passar dos sonhos de glória à escuridão mais
espessa. Os Magos, ao invés, nos convidam a seguir uma luz estável e suave, que
não se apaga, porque não é deste mundo: vem do céu e brilha no coração”.
Esta luz verdadeira é a luz do Senhor, ou melhor, é
o Senhor – continuou Francisco. Esta luz é para todos e chama a cada um e
podemos, assim, sentir como dirigido a nós o convite de hoje do profeta Isaías:
"Levanta-te, reveste-te de luz".
Gostaria, com muito respeito, convidar a todos a
não ter medo desta luz e a abrir-se ao Senhor. Sobretudo gostaria de dizer a
quem perdeu a força de procurar, àqueles que, subjugados pela escuridão da
vida, apagaram qualquer desejo: "Coragem, a luz de Jesus sabe vencer as
trevas mais escuras”, disse ainda o Papa.
Como podemos encontrar esta luz divina? Seguindo o
exemplo dos Magos, que o Evangelho descreve sempre em movimento, disse o Papa,
ressaltando a vida cristã é um caminho contínuo, feito de esperança e de busca;
um caminho que, como o dos Magos, continua mesmo quando a estrela desaparece de
vista momentaneamente:
“Neste caminho existem também insídias que devem
ser evitadas: as conversas superficiais e mundanas que tornam lento o passo; os
caprichos paralisantes do egoísmo; os buracos do pessimismo, que armadilha a
esperança. Estes obstáculos bloquearam os escribas, eles sabiam onde estava a
luz, mas não se mexeram. O seu conhecimento foi em vão, pois não basta saber
que Deus nasceu, se não se faz com Ele o Natal no coração.
Os Magos, pelo contrário, ao encontrar o Menino,
"se prostraram e o adoraram". E depois lhe deram ouro, incenso e
mirra, os seus bens mais preciosos. Nós também, como os Magos, ponhamo-nos a caminho, revistamo-nos de luz seguindo a estrela de Jesus, e adoremos o Senhor
com tudo aquilo que somos.