Jo 14,23-29 “O Evangelho deste domingo nos conduz
ao cenáculo”, disse o pontífice que enfatizou dois aspectos da missão do
Espírito Santo.
“Durante a última ceia, antes de sofrer a Paixão e
Morte na cruz, Jesus promete aos Apóstolos o dom do Espírito Santo, que terá a
tarefa de ensinar e recordar as suas palavras à comunidade dos discípulos.
Jesus mesmo diz: ‘O Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome,
ele lhes ensinará todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes
disse’. “Ensinar e recordar. É o que faz o Espírito Santo em nossos corações”,
frisou o Santo Padre.
“No momento em que Ele está para retornar ao Pai, Jesus preanuncia a vinda do Espírito que primeiramente ensinará aos discípulos a compreender cada vez mais plenamente o Evangelho, a acolhê-lo em sua existência e a fazê-lo vivo e operante com o testemunho”, sublinhou o Papa.
“No momento em que Ele está para retornar ao Pai, Jesus preanuncia a vinda do Espírito que primeiramente ensinará aos discípulos a compreender cada vez mais plenamente o Evangelho, a acolhê-lo em sua existência e a fazê-lo vivo e operante com o testemunho”, sublinhou o Papa.
“Enquanto está para confiar aos Apóstolos, que
significa ‘enviados’, a missão de levar o anúncio do Evangelho a todo o mundo,
Jesus promete que não estarão sozinhos: Estará com eles o Espírito Santo, o
Paráclito, que ficará ao lado deles, aliás, estará neles, para defendê-los e
sustentá-los. Jesus retorna ao Pai, mas continua acompanhando e ensinando
os seus discípulos por meio do dom do Espírito.”
O segundo aspecto da missão do Espírito Santo
consiste em ajudar os apóstolos a recordar as palavras de Jesus. “O Espírito
tem a tarefa de despertar a memória, recordar as palavras de Jesus”, disse o
pontífice.
“O divino Mestre já comunicou tudo aquilo que pretendia confiar aos
Apóstolos: com Ele, Verbo encarnado, a revelação é completa. O Espírito
recordará os ensinamentos de Jesus nas diversas circunstâncias concretas da
vida para que sejam colocados em prática. Isto acontece ainda hoje na Igreja,
guiada pela luz e pela força do Espírito Santo, para que possa levar a todos o
dom da salvação, isto é, o amor e a misericórdia de Deus. Por exemplo, quando
vocês lerem um trecho, uma passagem do Evangelho, peçam ao Espírito Santo que
está nos nossos corações: "Que eu entenda e me lembre destas palavras de
Jesus.”
“Nós não estamos sozinhos: Jesus está perto de nós, no meio de nós,
dentro de nós! A sua nova presença na história se realiza mediante o Espírito
Santo, através do qual é possível instaurar uma relação viva com Ele, o Senhor
Ressuscitado. O Espírito, derramado em nós com os Sacramentos do Batismo e do
Crisma, age na nossa vida. Ele nos guia no modo de pensar, de agir, de
distinguir o bem do mal e nos ajuda a praticar a caridade de Jesus, o seu
doar-se aos outros, especialmente aos mais necessitados”, disse ainda o Santo
Padre.
“Não estamos sós”, repetiu o Papa. “E o sinal da
presença do Espírito Santo é também a paz que Jesus doa aos seus discípulos:
‘Eu lhes dou a minha paz’. Essa paz é diferente daquela que os homens se
desejam e tentam realizar. A paz de Jesus jorra da vitória sobre o pecado, sobre
o egoísmo que nos impede de nos amar como irmãos. É dom de Deus e sinal da sua
presença. Cada discípulo, chamado hoje a seguir Jesus levando a cruz, recebe em
si a paz do Senhor Ressuscitado na certeza da sua vitória e na espera de sua
vinda definitiva.”
“Que a Virgem Maria nos ajude a acolher o Espírito
Santo com docilidade, como Mestre interior e como Memória viva de Cristo no
caminho quotidiano”, concluiu Francisco.