Jo 10,27-30 Neste IV Domingo da Páscoa a alocução do Santo
Padre que precedeu a oração teve como pano de fundo a apresentação de Jesus no
Templo, quando Ele se identifica como o Bom Pastor.
“As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as
conheço e elas seguem-me. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais perecerão, e
ninguém as arrebatará de minha mão”, recordou o Papa citando a passagem do
Evangelho de São João deste domingo.
“Estas palavras nos ajudam a compreender que
ninguém se pode dizer seguidor de Jesus, se não presta atenção à Sua voz. E
este ‘ouvinte’ não deve ser interpretado de maneira superficial, mas
envolvente, a ponto de tornar possível um verdadeiro conhecimento recíproco, do
qual pode surgir um seguimento generoso, expresso nas palavras ‘e elas seguem-me’
. Trata-se de escutar não somente com o ouvido, mas com o coração”, frisou o
Pontífice.
Se Cristo é o nosso Salvador e afirma que
ninguém nem nada poderá nos arrebatar das suas mãos – acrescentou o Papa –
então “estas palavras nos comunicam um sentido de certeza absoluta e de ternura
imensa”.
“A nossa vida está plenamente segura nas mãos de Jesus
e do Pai, que são uma coisa só: um único amor, uma única misericórdia,
revelados para sempre no sacrifício da cruz. Para salvar as ovelhas perdidas
que somos todos nós, o Pastor fez-se cordeiro e deixou-se imolar para tomar
para si e tirar os pecados do mundo. Deste modo Ele nos doou a vida, a vida em
abundância!”
Mistério que se renova “em uma humildade sempre
surpreendente”, no altar da eucaristia, afirmou o Papa.
“Por isso não temos mais medo: a nossa vida já foi
salva da perdição. Nada nem ninguém nos poderá arrebatar das mãos de Jesus,
porque nada nem ninguém pode vencer o seu amor. O maligno, o grande inimigo de
Deus e das suas criaturas, tenta de muitos modos nos arrebatar a vida eterna.
Mas o maligno nada pode se não somos nós a abrir-lhe as portas da nossa alma,
seguindo suas mentiras enganadoras”.