Lc 3,10-18 Evangelho em que São Lucas nos apresenta o profeta João Baptista
que, perante a pergunta da multidão, de publicanos e de alguns soldados sobre o
que deviam fazer para seguir aquilo que ele estava a apregoar responde:
partilhai os bens de primeira necessidade.
É a indicação de um
caminho de conversão que se manifesta em gestos concretos de justiça e
solidariedade. Este – disse o Papa - é caminho que Jesus indica em
toda a sua pregação: “O caminho do amor
efectivo em relação ao próximo.”
Pelo convite de João
Baptista a partilhar os bens, compreende-se - frisou o Papa – a tendência geral
da época sobretudo da parte de quem detinha o poder. E frisa isto para recordar
que hoje as coisas não são muito diferentes e que, todavia, ninguém - mesmo o
pecador - está excluído da salvação.
“Deus não obstrui a ninguém a possibilidade de salvar-se. Ele está ansioso
por usar da misericórdia em relação a todos e por acolher cada um no tenro
abraço da reconciliação e do perdão”
Para o Papa Francisco
devemos sentir como nossa essa pergunta “o que devemos fazer?”. A resposta é
converter-se, mudar de direcção, e empreender o caminho da justiça, da solidariedade,
da sobriedade – valores imprescindíveis para uma existência plenamente humana e
autenticamente cristã.
E uma dimensão particular
da conversão é a alegria – explicou o Papa, acrescentando que hoje em dia é
preciso coragem e fé para se falar de alegria, pois que o mundo está cheio de
problemas e temores, o futuro incerto... Mas a alegria do cristão deriva
da sua fé, “da certeza de que o Senhor está próximo”.
E o Papa pediu a ajuda de
Nossa Senhora para que a nossa fé se reforce e saibamos acolher com alegria
Deus que quer estar sempre no meio dos seus filhos. E que Ela, nossa Mãe, nos
ensine a partilhar as lágrimas de quem chora, por forma a partilharmos também o
sorriso.