domingo, 13 de dezembro de 2015

REFLEXÃO DO PAPA FRANCISCO SOBRE O EVANGELHO DO III DOMINGO DO ADVENTO (ANO C)


Lc 3,10-18 Evangelho em que São Lucas nos apresenta o profeta João Baptista que, perante a pergunta da multidão, de publicanos e de alguns soldados sobre o que deviam fazer para seguir aquilo que ele estava a apregoar responde: partilhai os bens de primeira necessidade.
É a indicação de um caminho de conversão que se manifesta em gestos concretos de justiça e solidariedade. Este  – disse o Papa  - é caminho que Jesus indica em toda a sua pregação: “O caminho do amor efectivo em relação ao próximo.”
Pelo convite de João Baptista a partilhar os bens, compreende-se - frisou o Papa – a tendência geral da época sobretudo da parte de quem detinha o poder. E frisa isto para recordar que hoje as coisas não são muito diferentes e que, todavia, ninguém - mesmo o pecador -  está excluído da salvação.
“Deus não obstrui a ninguém a possibilidade de salvar-se. Ele está ansioso por usar da misericórdia em relação a todos e por acolher cada um no tenro abraço da reconciliação e do perdão”
Para o Papa Francisco devemos sentir como nossa essa pergunta “o que devemos fazer?”. A resposta é converter-se, mudar de direcção, e empreender o caminho da justiça, da solidariedade, da sobriedade – valores imprescindíveis para uma existência plenamente humana e autenticamente cristã.
E uma dimensão particular da conversão é a alegria – explicou o Papa, acrescentando que hoje em dia é preciso coragem e fé para se falar de alegria, pois que o mundo está cheio de problemas e temores, o futuro incerto...  Mas a alegria do cristão deriva da sua fé, “da certeza de que o Senhor está próximo”.
E o Papa pediu a ajuda de Nossa Senhora para que a nossa fé se reforce e saibamos acolher com alegria Deus que quer estar sempre no meio dos seus filhos. E que Ela, nossa Mãe, nos ensine a partilhar as lágrimas de quem chora, por forma a partilharmos também o sorriso.