O Papa
Francisco apelou este domingo a todas as comunidades católicas da Europa para
acolherem uma família de refugiados, adiantando que as primeiras a dar o
exemplo serão as duas paróquias do Vaticano.
Pedindo um "gesto
concreto" de preparação para o Jubileu que começa em dezembro, o papa
apelou a todas as paróquias, comunidades religiosas, todos os mosteiros e
santuários para que acolham uma família de migrantes.
"Perante a tragédia de
dezenas de milhares de refugiados que fogem da morte, vítimas da guerra e da
fome, o Evangelho chama-nos e pede para estarmos mais próximos dos mais fracos
e abandonados, dando-lhes esperança", declarou o papa Francisco na oração
Angelus, perante milhares de fiéis na Praça de São Pedro.
Dirigindo-se aos "irmãos
bispos da Europa", o líder da igreja Católica apelou a que apoiem a causa
nas suas dioceses, referindo que as paróquias de Roma e do Vaticano acolherão
"nos próximos dias" duas famílias de refugiados.
As 28 nações da União Europeia
estão bastante divididas sobre o que fazer em relação aos fluxos de migrantes,
a maior parte pessoas que abandonaram os seus países para fugir aos conflitos
que grassam no Médio Oriente e Norte de África.
A Alemanha liderou os esforços
para a abertura das fronteiras, dizendo que poderia aceitar até 800.000
refugiados este ano, e apoiando planos para quotas obrigatórias nos países da
UE.
A Hungria, juntamente com
muitos países do leste que se tornaram novos membros do bloco europeu, opõem-se
ao sistema de quotas e insistem que as regras atuais devem ser aplicadas, com
os requerentes de asilo a terem de fazer o pedido no primeiro país onde chegam
e não no país para onde querem ir.