D. Gilberto
Canavarro dos Reis foi agraciado ontem (15/09) com a Medalha de Prata da Cidade de
Setúbal, uma das principais condecorações desta câmara municipal.
“Fui
apanhado de surpresa. Por uma surpresa agradável”, revelou o agora
administrador apostólico da Diocese de Setúbal.
D.
Gilberto Canavarro dos Reis, à frente da Igreja sadina desde 1998, confessa que
como indivíduo leva “muitas marcas” de Setúbal depois das que tem de
Trás-os-Montes onde nasceu, concelho de Vila Pouca de Aguiar, e “muitas marcas
do Porto”, diocese que serviu como bispo-auxiliar.
O
atual administrador Apostólico da Diocese de Setúbal, natural de Barbadães de
Baixo (Diocese de Vila Real), foi ordenado padre em dezembro 1963 e nomeado
bispo auxiliar da Diocese do Porto a 16 de novembro de 1988, por São João Paulo
II; o mesmo Papa polaco nomeou-o bispo de Setúbal
em 1998.
A
cerimónia desta manhã foi um dos momentos altos da celebração do feriado
municipal de Setúbal, Dia de Bocage e da Cidade, e decorreu no Salão Nobre dos
Paços do Concelho.
Para
além da Medalha de Prata entregue ao bispo de Setúbal mais 35 personalidades e
instituições foram agraciadas com a Medalha de Honra da Cidade.
Na
lista de agraciados destacam-se ainda os nomes do padre Constantino Alves e do
padre Luís Manuel Ferreira, respetivamente párocos da igreja de Nossa Senhora
da Conceição e de Faralhão e Praias do Sado, que recebam a Medalha de Honra da
Cidade na Classe Paz e Liberdade.
Segundo
a página na
internet do município, a presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira,
salientou no início da cerimónia que o cunho de Bocage ultrapassou a poesia bem
escrita, legando uma vontade permanente de lutar pela liberdade, “do
direito de querer viver melhor”.
O
Papa aceitou a 24 de agosto a renúncia de D. Gilberto Reis, bispo de Setúbal,
que a 27 de maio completou 75 anos, idade máxima determinada pelo Direito
Canónico para o exercício desta missão.
Francisco
nomeou como novo bispo D. José Ornelas Carvalho, antigo superior geral dos
Dehonianos, de 61 anos, o qual agradeceu ao seu antecessor pelo “testemunho de
pastor solícito e pela herança desafiadora que nos lega de simplicidade
evangélica, atenção aos mais débeis e sentido profético na condução do povo de
Deus”.
CB/OC