Jo. 6, 51-58 A passagem do Evangelho deste XX domingo do Tempo Comum, do
capítulo 6 de S. João, relata que algumas pessoas se escandalizaram porque
Jesus disse: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e
eu o ressuscitarei no último dia”.
Segundo o
Papa Francisco, Jesus usa o estilo dos profetas para provocar em nós perguntas
e decisões. Quando afirma “comer a carne e beber o sangue”, o que significa
isto então? É só uma imagem ou é qualquer coisa de real? – perguntou o Santo
Padre.
Para termos
uma resposta é preciso intuir o que acontece no coração de Jesus enquanto parte
o pão para a multidão esfomeada. Sabendo que deverá morrer na Cruz por nós,
Jesus identifica-se com aquele pão partilhado e isso torna-se para Ele um
‘sinal’ do sacrifício que o espera – sublinhou o Papa que salientou as palavras
de Jesus: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e eu
nele”. A comunhão é assimilação, pois tornamo-nos como Jesus. Mas para isso é
preciso o nosso sim, a nossa adesão de fé – afirmou o Santo Padre.
“Mas a
Eucaristia não é uma oração privada ou uma bela experiência espiritual, não é
uma simples comemoração daquilo que Jesus fez na Última Ceia: a Eucaristia é
‘memorial’, ou seja, um gesto que atualiza e torna presente o evento da morte e
ressurreição de Jesus: o pão é realmente o seu Corpo dado por nós, o vinho é
realmente o seu Sangue versado por nós.”
“A
Eucaristia é o próprio Jesus que se dá inteiramente a nós. Nutrirmo-nos d’Ele e
morar n’Ele mediante a comunhão eucarística, se o fazemos com fé, transforma a
nossa vida num dom a Deus e aos irmãos. Nutrirmo-nos do Pão da Vida significa
entrar em sintonia com o coração de Cristo, assimilar as suas escolhas, os seus
pensamentos, os seus comportamentos. Significa entrar num dinamismo de amor e
tornarmo-nos pessoas de paz, de perdão, de reconciliação, de partilha
solidária.”