domingo, 27 de maio de 2018

REFLEXÃO DO PAPA FRANCISCO SOBRE A LITURGIA DA SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE (ANO B)


“O cristão não é uma pessoa isolada, pertence a um povo, esse povo que forma Deus. Não se pode ser um cristão sem tal pertença e comunhão: somos povo, o povo de Deus”: foi o que afirmou o Papa Francisco na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus neste domingo (27/05), na Praça São Pedro, na festa da Santíssima Trindade.
As leituras bíblicas de hoje – explicou o Santo Padre – falam-nos não só de um Deus que existe, mas particularmente de um 'Deus connosco’, perto de nós, que nos ama, que caminha connosco, que se interessa pela nossa história pessoal e cuida de cada um, desde os pequeninos até aos mais necessitados.
"Ele é 'Deus lá no céu' mas também 'aqui em baixo na terra'- continuou -. Portanto, não acreditamos numa entidade distante, não, em uma entidade indiferente, não, mas ao contrário no Amor que criou o universo e gerou um povo, e se fez carne, morreu e ressuscitou por nós, e como o Espírito Santo tudo transforma e leva à plenitude ".
"São Paulo, que primeiro experimentou essa transformação realizada por Deus-Amor, comunica-nos esse desejo de Deus de ser chamado de Pai, ou melhor, de 'papá', Deus é papá - disse o Papa -, com a total confiança de uma criança que se abandona nos braços de quem lhe deu a vida. O Espírito Santo - recorda o Apóstolo - agindo em nós faz com que Jesus Cristo não seja reduzido a um personagem do passado, mas que nós o sintamos próximo, nosso contemporâneo, e experimentemos a alegria de sermos filhos amados por Deus".
"Deus caminhando connosco enche-nos de alegria e a alegria é um pouco a primeira linguagem do cristão", disse o Pontífice. Então, a festa da Santíssima Trindade "faz-nos contemplar o mistério de um Deus que incessantemente cria, redime e santifica, sempre com amor e por amor, e a cada criatura que o acolhe faz refletir um raio da sua beleza, bondade e verdade. Ele sempre escolheu caminhar com a humanidade e formar um povo que é bênção para todas as nações e para todas as pessoas, nenhuma é excluída".
O Papa concluiu as suas palavras pedindo a Nossa Senhora que“nos ajude a cumprir com alegria a missão de testemunhar ao mundo, sedento de amor, que o sentido da vida é precisamente o amor infinito, o amor concreto do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.