Lc
24,35-48 No
Evangelho deste terceiro domingo da Páscoa, está a experiência do Ressuscitado
feita pelos seus discípulos. “O episódio narrado pelo evangelista Lucas insiste
muito no realismo da Ressurreição. De fato, não de trata de uma aparição da
alma de Jesus, mas da sua real presença com o corpo ressuscitado”, disse o
Pontífice.
Os
Apóstolos ficam perturbados com a presença de Jesus, a ponto de pensarem
tratar-se de um fantasma.
Cristo
decidiu comer o peixe assado para convencê-los de que é Ele. Para Francisco, a
insistência de Jesus sobre a realidade da sua Ressurreição ilumina a prespetiva
cristã sobre o corpo, que não é um obstáculo ou uma prisão da alma. “O corpo
foi criado por Deus e o homem não é completo se não for união de corpo e alma.
Jesus, que venceu a morte e ressuscitou em corpo e alma, faz-nos entender que
devemos ter uma ideia positiva do nosso corpo”, explicou o Papa.
O
corpo pode tornar-se ocasião ou instrumento de pecado, mas o pecado não é
provocado pelo corpo, mas pela fraqueza moral.
“Toda a
ofensa, ferida ou violência ao corpo do nosso próximo é uma ofensa a Deus
criador! O meu pensamento vai, em especial, para as crianças, as mulheres e aos
idosos maltratados no corpo. Na carne dessas pessoas nós encontramos o corpo de
Cristo.”
Jesus ensinou-nos o amor, disse ainda Francisco, e quer resgatar todos aqueles que
experimentam no próprio corpo as escravidões do nosso tempo. O Papa então concluiu:
“Num
mundo onde demasiadas vezes prevalecem a prepotência contra os mais fracos e o
materialismo que sufoca o espírito, o Evangelho de hoje chama-nos a sermos
pessoas capazes de olhar em profundidade, repletas de estupor e de grande
alegria por termos encontrado o Senhor ressuscitado.”