Lc
9,51-62 O
Evangelho deste XIII Domingo do tempo comum apresenta o “caminho do discípulo”
como um caminho de exigência, de radicalidade, de entrega total e irrevogável
ao “Reino”. Ele sugere percorrer este “caminho” com amor e dedicação, sem
fanatismos nem fundamentalismos, no respeito absoluto pelas opções dos outros.
Com
efeito, Lucas apresenta as “exigências” deste “caminho” em duas partes: na
primeira, o cenário de fundo nos situa no contexto da hostilidade entre judeus
e samaritanos.
Trata-se
de um dado histórico: a dificuldade de convivência entre os dois grupos era
tradicional; os peregrinos que iam a Jerusalém para as grandes festas de Israel
procuravam evitar passar pela Samaria, utilizando a “via marítima” ou pelo vale
do rio Jordão, a fim de evitar “maus encontros”.
A
primeira lição de Jesus, ao longo desta “caminhada”, refere-se à atitude que os
discípulos devem tomar face ao “ódio” do mundo. Eles devem percorrer o
“caminho” de Jesus.
Na
segunda parte, Lucas apresenta – através do diálogo entre Jesus e os três
candidatos ao discipulado – algumas condições para percorrer este caminho com
Jesus, que leva a Jerusalém, isto é, à realização da salvação.
Quais
são as suas condições? O discípulo deve despojar-se das preocupações materiais;
desapegar-se dos deveres e obrigações, que impedem a sua resposta imediata e
radical ao Reino; e despojar-se de tudo o que é material para se comprometer
com o Reino de Deus.
Estas
exigências e ensinamentos pretendem dizer ao discípulo que ele é convidado a
eliminar tudo aquilo que possa dificultar seu testemunho de cristão.
Logo,
aceitar o apelo e o convite de Jesus a segui-lo, trilhando o caminho do amor!