Lc 9,18-24 No Angelus, na Praça de S. Pedro, o Papa Francisco
referiu-se ao Evangelho deste XII Domingo do Tempo Comum e à pergunta formulada
por Jesus aos seus discípulos: “Quem dizem as multidões que Eu sou?”.
A esta interrogação
os discípulos apressaram-se a responder que alguns dizem que Jesus é João
Batista, outros que é Elias, outros que é um antigo profeta que ressuscitou.
Jesus dirigiu-se,
então, diretamente aos discípulos perguntando: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”
Pedro responde de imediato dizendo: “És o Messias de Deus” – referiu Francisco
– e, desta forma, Jesus percebe que os Doze, e em particular Pedro, receberam
do Pai o dom da fé; e por isto começa a falar abertamente daquilo que o espera
em Jerusalém”, ou seja, que o Filho do Homem “deve sofrer muito, ser recusado
pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos escribas, ser morto e
ressuscitar ao terceiro dia” – assinalou o Papa.
Estas perguntas de
Jesus são hoje também feitas a cada um de nós – disse o Santo Padre - somos
chamados a fazer da resposta de Pedro a nossa resposta, porque todos temos
necessidade de respostas adequadas às nossas profundas interrogações
existenciais” – declarou o Papa que afirmou que é “em Cristo” que encontramos a
“paz verdadeira”:
“Em Cristo, só
n’Ele, é possível encontrar a paz verdadeira e o cumprimento de cada humana
aspiração. Jesus conhece o coração do homem como nenhum outro. Por isto pode-o
sarar, dando-lhe vida e consolação.”
Nesta passagem do
Evangelho de Lucas, Jesus, depois do diálogo com os discípulos, dirige-se a
todos e diz: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz
de todos os dias e siga-Me”. É a cruz do sacrifício pelos outros com amor –
afirmou Francisco:
“Não se trata de uma
cruz ornamental, ou ideológica, mas é a cruz da vida, do próprio dever, do
sacrificar-se pelos outros com amor, pelos pais, pelos filhos, pela família,
pelos amigos e também pelos inimigos, é a cruz da disponibilidade a ser
solidários com os pobres, a empenhar-se pela justiça e a paz.”
“Abandonemo-nos
confiantes em Jesus, nosso irmão, amigo e salvador” – disse ainda o Papa – “Ele
mediante o seu Santo Espírito, dá-nos a força de andar em frente no caminho da
fé e do testemunho”. “E neste caminho sempre está próxima de nós Nossa Senhora”
– afirmou Francisco.