Jo. 20, 19-31 Inspirado na Liturgia deste II Domingo da Páscoa, ou
Domingo da Misericórdia, o Papa Francisco falou do mistério pascal manifestado
em plenitude na amabilidade de Jesus, que indo de encontro à incredulidade de
Tomé, mostra-lhe as suas chagas, sinais da sua paixão, para que ele possa chegar “à
plenitude da fé pascal”: “Tomé é alguém que não se contenta e busca, pretende
verificar pessoalmente, ter uma experiência pessoal própria. Após as iniciais
resistências e inquietudes, por fim também ele passa a acreditar, mesmo avançando
com cansaço. Jesus espera-o pacientemente e se oferece às dificuldades e
inseguranças do último a chegar”.
O Senhor proclama “Bem-aventurados” àqueles que
acreditam sem ver e a primeira é Maria, recordou o Papa, observando que Jesus
também vai de encontro à exigência do discípulo incrédulo: “Coloca aqui o teu
dedo e olha as minhas mãos”: “Ao contato salvífico com as chagas do
Ressuscitado, Tomé manifesta as próprias feridas, as próprias lacerações, a
própria humilhação; no sinal dos pregos encontra a prova decisiva de que era
amado, esperado, entendido. Encontra-se diante de um Messias pleno de doçura,
de misericórdia, de ternura. Era ele o Senhor que buscava na profundidade
secreta do próprio ser, pois sempre soube que era assim”.
Ao ter este contato pessoal com a amabilidade e a
misericordiosa paciência de Deus, Tomé compreende o significado profundo da sua
ressurreição e, intimamente transformado, declara a sua fé plena e total nele,
exclamando: “Meu Senhor e meu Deus!”.
Tomé – disse o Papa – pode tocar o Mistério pascal que manifesta plenamente o amor salvífico de Deus, rico de misericórdia.
Tomé – disse o Papa – pode tocar o Mistério pascal que manifesta plenamente o amor salvífico de Deus, rico de misericórdia.
Este segundo domingo de Páscoa - disse o Papa
Francisco - nos convida, então, a contemplar nas chagas do Ressuscitado a Divina
Misericórdia, “que supera todo o limite humano e resplandece sobre a obscuridade
do mal e do pecado”. E acrescenta: “Um tempo intenso e prolongado para acolher as imensas
riquezas do amor misericordioso de Deus será o próximo Jubileu Extraordinário
da Misericórdia, cuja Bula de convocação promulguei na tarde de ontem na
Basílica de São Pedro. “Misericordiae Vultus”, o Rosto da Misericórdia é Jesus
Cristo. Tenhamos o olhar voltado para Ele. E que a Virgem Mãe nos ajude a
sermos misericordiosos uns para com os outros como Jesus é para connosco”.