Lc. 22, 14-27. 31-32. 35-71; 23, 1-56 S. Lucas, neste Domingo de Ramos (que marca o início da Semana Santa), faz-nos um relato da
Paixão apresentando-nos um Jesus que, apesar da sua condição divina, tal como
diz S. Paulo na sua Carta aos Filipenses, “não se valeu da sua igualdade com
Deus mas aniquilou-se a si próprio” obedecendo, serenamente, à vontade do Pai “até
à morte e morte de cruz “. E obedece até à morte para nos provar o seu infinito
amor e nos redimir dos nossos pecados, abrindo-nos as portas para uma vida
nova.
Mas, neste Evangelho, S. Lucas apresenta-nos, ainda, um Rei - que é
aclamado como Rei, ao entrar triunfalmente em Jerusalém e não nega ser Rei,
quando é interrogado pelo governador Pilatos - mas que, ao contrário dos outros
reis, não vem para dominar, mas para servir e dar a vida em resgate da
humanidade.
Destaca-se, igualmente, em toda esta narração da paixão,
segundo S. Lucas, a forma como Jesus aceita o sofrimento, a morte e todos os
acontecimentos que a rodeiam e que nos mostram a sua infinita misericórdia para
com os homens e para cada um de nós, em particular. Ele perdoa ao seu amigo Pedro,
o tê-lo negado por 3 vezes – quando ele se arrepende e chora amargamente; Ele perdoa
a um dos ladrões crucificados com Ele, quando este lhe pede que se lembre dele
no seu Reino e perdoa-nos a todos, os nossos pecados. Por isso diz, ao ser
crucificado:
“PAI, PERDOA-LHES, PORQUE NÃO
SABEM O QUE FAZEM.”
Que bom e misericordioso é, então, o nosso Deus que por amor
entregou a sua vida por nós na cruz e apesar de tantas humilhações sofridas nos
perdoa para nos alcançar a salvação. Saibamos reconhecer o seu grande amor por
nós, pedir-lhe perdão pelos nossos pecados e amarmos e perdoarmos, também nós,
os nossos irmãos…J