domingo, 15 de abril de 2018

REFLEXÃO DO PAPA FRANCISCO SOBRE O EVANGELHO DO III DOMINGO DA PÁSCOA (ANO B)


Lc 24,35-48 No Evangelho deste terceiro domingo da Páscoa, está a experiência do Ressuscitado feita pelos seus discípulos. “O episódio narrado pelo evangelista Lucas insiste muito no realismo da Ressurreição. De fato, não de trata de uma aparição da alma de Jesus, mas da sua real presença com o corpo ressuscitado”, disse o Pontífice.
Os Apóstolos ficam perturbados com a presença de Jesus, a ponto de pensarem tratar-se de um fantasma.
Cristo decidiu comer o peixe assado para convencê-los de que é Ele. Para Francisco, a insistência de Jesus sobre a realidade da sua Ressurreição ilumina a prespetiva cristã sobre o corpo, que não é um obstáculo ou uma prisão da alma. “O corpo foi criado por Deus e o homem não é completo se não for união de corpo e alma. Jesus, que venceu a morte e ressuscitou em corpo e alma, faz-nos entender que devemos ter uma ideia positiva do nosso corpo”, explicou o Papa.
O corpo pode tornar-se ocasião ou instrumento de pecado, mas o pecado não é provocado pelo corpo, mas pela fraqueza moral.
“Toda a ofensa, ferida ou violência ao corpo do nosso próximo é uma ofensa a Deus criador! O meu pensamento vai, em especial, para as crianças, as mulheres e aos idosos maltratados no corpo. Na carne dessas pessoas nós encontramos o corpo de Cristo.”
Jesus ensinou-nos o amor, disse ainda Francisco, e quer resgatar todos aqueles que experimentam no próprio corpo as escravidões do nosso tempo. O Papa então concluiu:
“Num mundo onde demasiadas vezes prevalecem a prepotência contra os mais fracos e o materialismo que sufoca o espírito, o Evangelho de hoje chama-nos a sermos pessoas capazes de olhar em profundidade, repletas de estupor e de grande alegria por termos encontrado o Senhor ressuscitado.”