domingo, 8 de abril de 2018

II DOMINGO DA PÁSCOA: DOMINGO DEDICADO, PELO PAPA JOÃO PAULO II, À MISERICÓRDIA DIVINA


O 2.º Domingo da Páscoa é dedicado à Misericórdia Divina. A decisão de dedicar o segundo domingo da Páscoa à Misericórdia Divina foi anunciada por João Paulo II a 30 de abril de 2000, durante uma homilia para a canonização da irmã polaca Maria Faustina Kowalska. «É importante, disse, que captemos integralmente a mensagem que nos vem da palavra de Deus, neste segundo Domingo de Páscoa, que doravante, em toda a Igreja, se chamará «Domingo da Misericórdia Divina’».
Podemos atribuir ao Domingo da Divina Misericórdia uma dupla finalidade: a de confiarmos na misericórdia de Deus e a de nós mesmos sermos misericordiosos uns para com os outros. «Sede misericordiosos, como Deus é misericordioso, e como Ele manifestou humanamente a Sua misericórdia no Seu Filho Jesus Cristo. Por conseguinte, disse João Paulo II em 17 de abril de 1988, estai sempre disponíveis a acolher quem errou e perdoai de coração a quem vos ofendeu, assim como Deus Pai vos perdoa e vos acolhe».
A misericórdia tem sido também um dos temas do magistério do Papa Francisco, o apóstolo da cultura do encontro. Propôs a celebração do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, no termo do qual, em 20 de novembro de 2016, publicou a carta apostólica «Misericordia et Misera». «O rosto de Deus, tinha lembrado em 17 de março de 2013, é o de um Pai misericordioso, que tem sempre paciência». «Um pouco de misericórdia, afirmou também, torna o mundo menos frio e mais justo». «Deus, disse no mesmo dia, é o Pai amoroso que nos perdoa sempre, que tem um coração de misericórdia para todos nós. E também nós aprendamos a ser misericordiosos com todos».
Num mundo marcado por gestos de vingança e de violência é imperioso que nós, os cristãos, não vejamos no outro um inimigo mas um irmão. Que vençamos a inimizade com a força do amor. Que cultivemos uma mentalidade e uma prática de não violência, preferindo ao uso da força o caminho do diálogo e a afirmação dos valores. Que sejamos abertos para com os necessitados, os pobres, os marginalizados.
Ser misericordioso é saber perdoar e o perdão é indispensável para uma sadia vida em comunidade. A começar pela mais pequena das comunidades que é o casal.
«O mundo dos homens só poderá tornar-se ‘cada vez mais humano’ quando introduzirmos em todas as relações recíprocas, que plasmam a sua fisionomia moral, o momento do perdão, tão essencial no Evangelho», escreveu João Paulo II em «Deus, Rico em Misericórdia».