segunda-feira, 30 de outubro de 2017

PARÓQUIA DE SÃO FRANCISCO XAVIER DE CAPARICA
ACTIVIDADES PASTORAIS / SOCIAIS – MÊS DE NOVEMBRO 2017
                                  Dia 1 – 4ªFeira: Dia de Todos os Santos – Missa: 11h30
                                                      Dia 2 – 5ªFeira: Dia de Todos os Fieis Defuntos – Missas: 9h00 e 19h00  
                                                                                       16h00 às 18h45 - Adoração ao Santíssimo
                                                      Dia 3 – 6ªfeira :17h30: Adoração ao Santíssimo – 1ª sexta-feira
                  21h15 – Reunião de Pais das crianças do 4º Ano de Catequese e grupo especial –                                                                                             preparar a Missa da entrega da Bíblia
                                                     Dia 4 – Sábado :12h00: Baptismo
                                 18h00 – Missa de ACOLHIMENTO das crianças do 1º Ano de Catequese
                                                        21h15: 2ª Reunião do grupo dos EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS na Vida Quotidiana
                                                    Dia 5 – Domingo: 12h30 – Reunião da SAGRADA FAMILIA
                                                    Dia 7 – 3ª feira: 10h00 – Reunião dos Leigos para o Desenvolvimento com 
                                                                                            a Direção do Centro Social Paroquial de Cristo Rei                
                                                    Dia 8 – 4ªfeira: 19h00 – Reunião da CVX
                                                   Dia 9 – 5ªfeira: 14h00 – Reunião da Direção e Coordenadores do Centro Social 
                                                                                            Paroquial de Cristo Rei
                                                   Dia 12 – Domingo: 11h30 – Missa - Festa da Entrega da Bíblia –
                                                                                                  4º Ano de catequese e grupo especial
                           16h00 – Reunião Geral de Pais (para todos os pais) das crianças da catequese
                                                   Dia 17 – 6ªfeira: 21h00 – Vigília Jovem no Seminário de Almada –
                                                                     CONVITE A TODOS OS JOVENS A PARTICIPAR
                                                    Dia 19 – Domingo: primeiro DIA MUNDIAL DO POBRE- 11H30 – Eucaristia
                                                                                                    12h45 – Almoço / Convívio
                                          Dia 22 – 4ªfeira: 19h00 – Reunião da CVX
                            Dia 24 – 6ª-feira: Início da Novena de S. Francisco Xavier, na Missa das 18h30                                       

domingo, 29 de outubro de 2017

REFLEXÃO DO PAPA FRANCISCO SOBRE O EVANGELHO DO XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A)


Mt 22,34-40 Antes da oração mariana do Angelus e dirigindo-se aos milhares de fiéis e peregrinos reunidos da Praça de S. Pedro, o Papa Francisco comentou a liturgia deste domingo, XXX do TC, que nos apresenta, disse, o breve texto de Mateus em que os fariseus se reúnem para experimentar Jesus e um deles, doutor da lei, lhe pergunta, qual era o maior mandamento da Lei.
Uma pergunta insidiosa, observou o Papa, porque na lei de Moisés são mencionados mais de seiscentos preceitos. Como distinguir, então, entre todos estes, o maior mandamento? Mas, sem hesitar,  Jesus responde:
"Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente". E acrescenta: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo".
A resposta de Jesus não era assim tão simples e garantida, prosseguiu o Pontífice, pois entre os muitos preceitos da lei judaica, os mais importantes eram os dez Mandamentos, comunicados directamente por Deus a Moisés, como condições do pacto de aliança com o povo. Mas Jesus quer fazer entender que, sem o amor de Deus e do próximo, não existe verdadeira fidelidade a esta aliança com o Senhor:
“Isto é confirmado por um outro texto do Livro do Êxodo, conhecido como "Código da Aliança", onde se diz que não se pode estar na Aliança com o Senhor e maltratar aqueles que gozam da sua protecção: a viúva, o órfão e o estrangeiro, ou seja, as pessoas mais sozinhas e indefesas”.
E Jesus tinha vivido mesmo assim a sua vida: pregando e fazendo aquilo que realmente conta e é essencial, isto é, o amor, porque o amor dá impulso e fecundidade à vida e ao caminho da fé: sem amor, a vida e a fé permanecem estéreis.
O que Jesus propõe neste evangelho, disse ainda o Papa, é um ideal maravilhoso que corresponde ao desejo mais autêntico do nosso coração, porque fomos criados para amar e ser amados:
“Deus, que é Amor, criou-nos para nos fazer participantes da sua vida, para sermos amados por Ele e para O amarmos, e para amarmos com Ele todas as outras pessoas. Este é o "sonho" de Deus para o homem”.
E, para realizar o sonho de Deus, precisamos da sua graça, precisamos receber em nós a capacidade de amar que vem do próprio Deus, e que Jesus nos oferece na Eucaristia, onde recebemos Jesus na expressão máxima do seu amor, quando Ele se ofereceu ao Pai para a nossa salvação.
Que a Virgem Santa nos ajude a acolher na nossa vida o "grande mandamento" do amor a Deus e ao próximo. Pois, embora o conheçamos desde quando éramos crianças, nunca acabaremos de nos converter a ele e de o pôr em prática nas diferentes situações em que nos encontramos.

domingo, 22 de outubro de 2017

REFLEXÃO DO PAPA FRANCISCO SOBRE O EVANGELHO DO XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A)

Mt 22,15-21 “O Evangelho deste domingo apresenta-nos um novo face a face entre Jesus e os seus opositores. O assunto é o do tributo a César: uma pergunta "espinhosa", sobre se é lícito ou não pagar o imposto ao imperador de Roma, a que foi submetida a Palestina no tempo de Jesus. As posições eram diferentes. Portanto, a pergunta feita pelos  fariseus: "É lícito ou não pagar imposto a César?" era uma armadilha para o Mestre.  De fato, dependendo de como respondesse, ele seria acusado de estar a favor ou contra Roma”, disse o Papa na alocução antes da oração. 
O Pontífice ressaltou “que Jesus, também neste caso, responde com calma e aproveita a pergunta maliciosa para dar uma lição importante, colocando-se acima da polémica”. 
Ele diz aos fariseus: Mostrem-me a moeda do imposto. Eles levaram-lhe então a moeda, e Jesus, olhando a moeda, perguntou-lhes: De quem é a figura e inscrição? Os fariseus responderam: De César. Então Jesus concluiu: «Pois deem a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.» 
“Por um lado, intimando a restituir ao imperador o que lhe pertence, Jesus declara que pagar o imposto não é um ato de idolatria, mas um ato devido à autoridade terrena; por outro lado, lembra-lhes o primado de Deus, pedindo-lhes para darem ao Senhor da vida do homem e da história o que lhe cabe.”
Segundo o Papa, “a referência à imagem de César, cunhada na moeda, diz que é justo sentir-se plenamente, com direitos e deveres, cidadãos do Estado; mas, simbolicamente, faz pensar na outra imagem impressa em cada homem: a imagem de Deus”.
“Ele é o Senhor de tudo, e nós, que fomos criados “à sua imagem” pertencemos sobretudo a Ele. A partir da pergunta colocada pelos fariseus, Jesus faz uma pergunta mais radical e vital para cada um de nós, uma pergunta que nós podemos nos fazer: a quem pertenço? À família, à cidade, aos amigos, à escola, ao trabalho, à política, ao Estado? Sim, claro. Mas primeiramente, Jesus nos recorda, você pertence a Deus. Esta é a pertença fundamental. Foi Ele que deu tudo o que você é e o que você tem. Portanto, a nossa vida, podemos e devemos vivê-la todos os dias no reconhecimento dessa nossa pertença fundamental e no reconhecimento do coração para com nosso Pai, que cria cada um de nós individualmente, único, mas sempre segundo a imagem de seu Filho amado, Jesus. É um maravilhoso mistério.”
O Papa disse ainda que “o cristão é chamado a comprometer-se concretamente nas realidades humanas e sociais sem contrapor "Deus" e "César", pois contrapor Deus e César seria um comportamento fundamentalista. O cristão é chamado a comprometer-se concretamente com as realidades terrenas, iluminando-as com a luz que vem de Deus. A confiança prioritária em Deus e a esperança Nele não levam a uma fuga da realidade, mas sim a trabalhar e dar a Deus o que lhe pertence. É por isso que o fiel olha a realidade futura, a de Deus, para viver a vida terrena em plenitude e responder com coragem aos seus desafios”.
Francisco pediu à Virgem Maria que “nos ajude a viver sempre de acordo com a imagem de Deus que trazemos em nós, dentro, dando também a nossa contribuição na construção da cidade terrena”.

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES 2017

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA FRANCISCO
PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES
 2017

A missão no coração da fé cristã

Queridos irmãos e irmãs!
O Dia Mundial das Missões concentra-nos, também este ano, na pessoa de Jesus, «o primeiro e maior evangelizador» (Paulo VI, Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 7), que incessantemente nos envia a anunciar o Evangelho do amor de Deus Pai, com a força do Espírito Santo. Este Dia convida-nos a refletir novamente sobre a missão no coração da fé cristã. De facto a Igreja é, por sua natureza, missionária; se assim não for, deixa de ser a Igreja de Cristo, não passando duma associação entre muitas outras, que rapidamente veria exaurir-se a sua finalidade e desapareceria. Por isso, somos convidados a interrogar-nos sobre algumas questões que tocam a própria identidade cristã e as nossas responsabilidades de crentes, num mundo baralhado com tantas quimeras, ferido por grandes frustrações e dilacerado por numerosas guerras fratricidas, que injustamente atingem sobretudo os inocentes. Qual é o fundamento da missão? Qual é o coração da missão? Quais são as atitudes vitais da missão?
A missão e o poder transformador do Evangelho de Cristo, Caminho, Verdade e Vida
1. A missão da Igreja, destinada a todos os homens de boa vontade, funda-se sobre o poder transformador do Evangelho. Este é uma Boa Nova portadora duma alegria contagiante, porque contém e oferece uma vida nova: a vida de Cristo ressuscitado, o qual, comunicando o seu Espírito vivificador, torna-Se para nós Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14, 6). É Caminho que nos convida a segui-Lo com confiança e coragem. E, seguindo Jesus como nosso Caminho, fazemos experiência da sua Verdade e recebemos a sua Vida, que é plena comunhão com Deus Pai na força do Espírito Santo, liberta-nos de toda a forma de egoísmo e torna-se fonte de criatividade no amor.
2. Deus Pai quer esta transformação existencial dos seus filhos e filhas; uma transformação que se expressa como culto em espírito e verdade (cf. Jo 4, 23-24), ou seja, numa vida animada pelo Espírito Santo à imitação do Filho Jesus para glória de Deus Pai. «A glória de Deus é o homem vivo» (Ireneu, Adversus haereses IV, 20, 7). Assim, o anúncio do Evangelho torna-se palavra viva e eficaz que realiza o que proclama (cf. Is 55, 10-11), isto é, Jesus Cristo, que incessantemente Se faz carne em cada situação humana (cf. Jo 1, 14).
A missão e o kairós de Cristo
3. Por conseguinte, a missão da Igreja não é a propagação duma ideologia religiosa, nem mesmo a proposta duma ética sublime. No mundo, há muitos movimentos capazes de apresentar ideais elevados ou expressões éticas notáveis. Diversamente, através da missão da Igreja, é Jesus Cristo que continua a evangelizar e agir; e, por isso, aquela representa o kairós, o tempo propício da salvação na história. Por meio da proclamação do Evangelho, Jesus torna-Se sem cessar nosso contemporâneo, consentindo à pessoa que O acolhe com fé e amor experimentar a força transformadora do seu Espírito de Ressuscitado que fecunda o ser humano e a criação, como faz a chuva com a terra. «A sua ressurreição não é algo do passado; contém uma força de vida que penetrou o mundo. Onde parecia que tudo morreu, voltam a aparecer por todo o lado os rebentos da ressurreição. É uma força sem igual» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 276).
4. Lembremo-nos sempre de que, «ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo» (Bento XVI, Carta. enc. Deus caritas est, 1). O Evangelho é uma Pessoa, que continuamente Se oferece e, a quem A acolhe com fé humilde e operosa, continuamente convida a partilhar a sua vida através duma participação efetiva no seu mistério pascal de morte e ressurreição. Assim, por meio do Batismo, o Evangelho torna-se fonte de vida nova, liberta do domínio do pecado, iluminada e transformada pelo Espírito Santo; através da Confirmação, torna-se unção fortalecedora que, graças ao mesmo Espírito, indica caminhos e estratégias novas de testemunho e proximidade; e, mediante a Eucaristia, torna-se alimento do homem novo, «remédio de imortalidade» (Inácio de Antioquia, Epistula ad Ephesios, 20, 2).
5. O mundo tem uma necessidade essencial do Evangelho de Jesus Cristo. Ele, através da Igreja, continua a sua missão de Bom Samaritano, curando as feridas sanguinolentas da humanidade, e a sua missão de Bom Pastor, buscando sem descanso quem se extraviou por veredas enviesadas e sem saída. E, graças a Deus, não faltam experiências significativas que testemunham a força transformadora do Evangelho. Penso no gesto daquele estudante «dinka» que, à custa da própria vida, protege um estudante da tribo «nuer» que ia ser assassinado. Penso naquela Celebração Eucarística em Kitgum, no norte do Uganda – então ensanguentado pelas atrocidades dum grupo de rebeldes –, quando um missionário levou as pessoas a repetirem as palavras de Jesus na cruz: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?» (Mc 15, 34), expressando o grito desesperado dos irmãos e irmãs do Senhor crucificado. Aquela Celebração foi fonte de grande consolação e de muita coragem para as pessoas. E podemos pensar em tantos testemunhos – testemunhos sem conta – de como o Evangelho ajuda a superar os fechamentos, os conflitos, o racismo, o tribalismo, promovendo por todo o lado a reconciliação, a fraternidade e a partilha entre todos.
A missão inspira uma espiritualidade de êxodo, peregrinação e exílio contínuos
6. A missão da Igreja é animada por uma espiritualidade de êxodo contínuo. Trata-se de «sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 20). A missão da Igreja encoraja a uma atitude de peregrinação contínua através dos vários desertos da vida, através das várias experiências de fome e sede de verdade e justiça. A missão da Igreja inspira uma experiência de exílio contínuo, para fazer sentir ao homem sedento de infinito a sua condição de exilado a caminho da pátria definitiva, pendente entre o «já» e o «ainda não» do Reino dos Céus.
7. A missão adverte a Igreja de que não é fim em si mesma, mas instrumento e mediação do Reino. Uma Igreja autorreferencial, que se compraza dos sucessos terrenos, não é a Igreja de Cristo, seu corpo crucificado e glorioso. Por isso mesmo, é preferível «uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças» (Ibid., 49).
Os jovens, esperança da missão
8. Os jovens são a esperança da missão. A pessoa de Jesus e a Boa Nova proclamada por Ele continuam a fascinar muitos jovens. Estes buscam percursos onde possam concretizar a coragem e os ímpetos do coração ao serviço da humanidade«São muitos os jovens que se solidarizam contra os males do mundo, aderindo a várias formas de militância e voluntariado. (...) Como é bom que os jovens sejam “caminheiros da fé”, felizes por levarem Jesus Cristo a cada esquina, a cada praça, a cada canto da terra!» (Ibid., 106). A próxima Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que terá lugar em 2018 sobre o tema «Os jovens, a fé e o discernimento vocacional», revela-se uma ocasião providencial para envolver os jovens na responsabilidade missionária comum, que precisa da sua rica imaginação e criatividade.
O serviço das Obras Missionárias Pontifícias
9. As Obras Missionárias Pontifícias são um instrumento precioso para suscitar em cada comunidade cristã o desejo de sair das próprias fronteiras e das próprias seguranças, fazendo-se ao largo a fim de anunciar o Evangelho a todos. Através duma espiritualidade missionária profunda vivida dia-a-dia e dum esforço constante de formação e animação missionária, envolvem-se adolescentes, jovens, adultos, famílias, sacerdotes, religiosos e religiosas, bispos para que, em cada um, cresça um coração missionário. Promovido pela Obra da Propagação da Fé, o Dia Mundial das Missões é a ocasião propícia para o coração missionário das comunidades cristãs participar, com a oração, com o testemunho da vida e com a comunhão dos bens, na resposta às graves e vastas necessidades da evangelização.
Fazer missão com Maria, Mãe da evangelização
10. Queridos irmãos e irmãs, façamos missão inspirando-nos em Maria, Mãe da evangelização. Movida pelo Espírito, Ela acolheu o Verbo da vida na profundidade da sua fé humilde. Que a Virgem nos ajude a dizer o nosso «sim» à urgência de fazer ressoar a Boa Nova de Jesus no nosso tempo; nos obtenha um novo ardor de ressuscitados para levar, a todos, o Evangelho da vida que vence a morte; interceda por nós, a fim de podermos ter uma santa ousadia de procurar novos caminhos para que chegue a todos o dom da salvação.
Vaticano, 4 de junho – Solenidade de Pentecostes – de 2017.
FRANCISCO

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS

Os Exercícios Espirituais na Vida Corrente são uma proposta de oração segundo o método de Santo Inácio de Loyola para nos ajudar a ordenar a vida, para acolher no coração aquilo que Deus quer de nós, para nos ajudar a procurar e encontrar a vontade de Deus na nossa vida, e nos ensina modos de rezar nos quais Deus Se nos dá a conhecer. 
Na Paróquia de S. Francisco Xavier de Caparica, os Padres Jesuítas vão dar estes Exercícios ao longo do ano até Junho com encontros normalmente de 3 em 3 semanas.
O 1º encontro vai ser no Sábado dia 21 de outubro pelas 21h15m,  orientado pelo Padre Dario Pedroso, que irá explicar o modo de os fazer, deixando uma folha com ajuda para a oração diária até ao encontro seguinte.  Haverá também a ajuda do acompanhamento espiritual.

domingo, 15 de outubro de 2017

REFLEXÃO DO PAPA FRANCISCO SOBRE O EVANGELHO DO XXVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A)


"A parábola, do Evangelho deste domingo, fala-nos do Reino de Deus comparando-o a uma festa de núpcias (Mt 22, 1-14). Protagonista é o filho do rei, o noivo, no qual facilmente se vislumbra Jesus. Na parábola, porém, nunca se fala da noiva, mas de muitos convidados, desejados e esperados: são eles que trazem o vestido nupcial. Tais convidados somos nós, todos nós, porque o Senhor deseja «celebrar as bodas» com cada um de nós. As núpcias inauguram uma comunhão total de vida: é o que Deus deseja ter com cada um de nós. Por isso o nosso relacionamento com Ele não se pode limitar ao dos devotados súbditos com o rei, ao dos servos fiéis com o patrão ou ao dos alunos diligentes com o mestre, mas é, antes de tudo, o relacionamento da noiva amada com o noivo. Por outras palavras, o Senhor deseja-nos, procura-nos e convida-nos, e não se contenta com o nosso bom cumprimento dos deveres e a observância das suas leis, mas quer uma verdadeira e própria comunhão de vida connosco, uma relação feita de diálogo, confiança e perdão.
Esta é a vida cristã, uma história de amor com Deus, na qual quem toma gratuitamente a iniciativa é o Senhor e nenhum de nós pode gloriar-se de ter a exclusividade do convite: ninguém é privilegiado relativamente aos outros, mas cada um é privilegiado diante de Deus. Deste amor gratuito, terno e privilegiado, nasce e renasce incessantemente a vida cristã. Podemos interrogar-nos se, ao menos uma vez por dia, confessamos ao Senhor o amor que Lhe temos; se, entre tantas palavras de cada dia, nos lembramos de Lhe dizer: «Amo-Vos, Senhor. Vós sois a minha vida». Com efeito, se se perde de vista o amor, a vida cristã torna-se estéril, torna-se um corpo sem alma, uma moral impossível, um conjunto de princípios e leis a respeitar sem um porquê. Ao contrário, o Deus da vida espera uma resposta de vida, o Senhor do amor espera uma resposta de amor. No livro do Apocalipse Ele, dirigindo-Se a uma das Igrejas, faz-lhe concretamente esta censura: «Abandonaste o teu primitivo amor» (2, 4). Aqui está o perigo: uma vida cristã rotineira, onde nos contentamos com a «normalidade», sem zelo nem entusiasmo e com a memória curta. Em vez disso, reavivemos a memória do primitivo amor: somos os amados, os convidados para as núpcias, e a nossa vida é um dom, sendo-nos dada em cada dia a magnífica oportunidade de responder ao convite.
Mas o Evangelho adverte-nos: o convite pode ser recusado. Muitos convidados disseram que não, porque estavam presos aos próprios interesses: «eles, sem se importarem – diz o texto –, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio» (Mt 22, 5). Uma palavra reaparece: seu; é a chave para entender o motivo da recusa. De facto, os convidados não pensavam que as núpcias fossem tristes ou chatas, mas simplesmente «não se importaram»: viviam distraídos com os seus interesses, preferiam ter qualquer coisa em vez de se comprometer, como o amor exige. Vemos aqui como se afasta do amor, não por malvadez, mas porque se prefere o seu: as seguranças, a autoafirmação, as comodidades... Então reclinamo-nos nas poltronas dos lucros, dos prazeres, de qualquer passatempo que nos faça estar um pouco alegres. Mas deste modo envelhece-se depressa e mal, porque se envelhece dentro: quando o coração não se dilata, fecha-se, envelhece. E quando tudo fica dependente do próprio eu – daquilo com que concordo, daquilo que me serve, daquilo que pretendo –, tornamo-nos rígidos e maus, reagimos maltratando por nada, como os convidados do Evangelho que chegam ao ponto de insultar e até matar (cf. v. 6) aqueles que levaram o convite, apenas porque os incomodavam.
Assim, o Evangelho pergunta-nos de que parte estamos: da parte do próprio eu ou da parte de Deus? Pois Deus é o oposto do egoísmo, da autorreferencialidade. Como nos diz o Evangelho, perante as contínuas recusas, os fechamentos em relação aos seus convites, Ele prossegue, não adia a festa. Não se resigna, mas continua a convidar. Vendo os «nãos», não fecha a porta, mas inclui ainda mais. Às injustiças sofridas, Deus responde com um amor maior. Nós muitas vezes, quando somos feridos por injustiças e recusas, incubamos ressentimento e rancor. Ao contrário Deus, ao mesmo tempo que sofre com os nossos «nãos», continua a relançar, prossegue na preparação do bem mesmo para quem faz o mal. Porque assim faz o amor; porque só assim se vence o mal. Hoje, este Deus que não perde jamais a esperança, compromete-nos a fazer como Ele, a viver segundo o amor verdadeiro, a superar a resignação e os caprichos de nosso «eu» suscetível e preguiçoso.
Há um último aspeto que o Evangelho destaca: o vestido dos convidados, que é indispensável. Com efeito, não basta responder uma vez ao convite, dizer «sim» e… chega! Mas é preciso vestir o costume próprio, é preciso o hábito do amor vivido cada dia. Porque não se pode dizer «Senhor, Senhor», sem viver e praticar a vontade de Deus (cf. Mt 7, 21). Precisamos de nos revestir cada dia do seu amor, de renovar cada dia a opção de Deus. Os Santos canonizados hoje, sobretudo os numerosos Mártires, indicam-nos esta estrada. Eles não disseram «sim» ao amor com palavras e por um certo tempo, mas com a vida e até ao fim. O seu hábito diário foi o amor de Jesus, aquele amor louco que nos amou até ao fim, que deixou o seu perdão e as suas vestes a quem O crucificava. Também nós recebemos no Batismo a veste branca, o vestido nupcial para Deus. Peçamos a Ele, pela intercessão destes nossos irmãos e irmãs santos, a graça de optar por trazer cada dia esta veste e de a manter branca. Como consegui-lo? Antes de mais nada, indo sem medo receber o perdão do Senhor: é o passo decisivo para entrar na sala das núpcias e celebrar a festa do amor com Ele".

Mensagem do Papa para o encerramento do Centenário das Aparições (13.10.2017)


domingo, 8 de outubro de 2017

REFLEXÃO DO PAPA FRANCISCO SOBRE O EVANGELHO DO XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A)


“Ser em todos os lugares, especialmente nas periferias da sociedade, a vinha que o Senhor plantou para o bem de todos e levar o vinho novo da misericórdia do Senhor.” Foi a exortação do Papa Francisco na oração do Angelus, ao meio-dia deste domingo (08/10), diante de cerca de 30 mil fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro para rezar com o Santo Padre a oração mariana. Explicando a parábola dos vinhateiros homicidas, proposta no Evangelho (Mt 21,33-43) deste XXVII Domingo do Tempo Comum, na qual estes recusam entregar a colheita aos servos do dono da vinha matando inclusive o filho deste pensando assim apoderar-se da herança, o Pontífice ressaltou que esta narração ilustra de modo alegórico aquelas recriminações que os Profetas haviam feito sobre a história de Israel.
É uma história que nos pertence – destacou o Papa: “fala-se da aliança que Deus quis estabelecer com a humanidade e à qual também nos chamou a participar”. Porém, observou Francisco, “esta história de aliança, como toda história de amor, conhece os seus momentos positivos, mas é marcada também por traições e por rejeições. Para entender como Deus Pai responde às rejeições feitas ao seu amor e à sua proposta de aliança, o trecho evangélico coloca nos lábios do dono da vinha uma pergunta: “quando vier o dono da vinha, que irá fazer com esses vinhateiros?” Essa pergunta, frisou o Santo Padre, ressalta que a desilusão de Deus pelo comportamento malvado dos homens não é a última palavra!
 “Aí está a grande novidade do Cristianismo: um Deus que, mesmo desiludido com os nossos erros e os nossos pecados, jamais falta com a sua palavra, não se detém e sobretudo não se vinga! Irmãos e irmãs, Deus não se vinga! Deus ama, não se vinga, e espera para perdoar-nos e abraçar-nos.” Através das “pedras de descarte” – e Cristo é a primeira pedra que os construtores rejeitaram –, através de situações de fraqueza e de pecado, Deus continua colocando em circulação o “vinho novo” da sua vinha, ou seja, a misericórdia”, acrescentou o Pontífice.
 “Este é o vinho novo da vinha do Senhor: a misericórdia. Há um só impedimento diante da vontade tenaz de Deus: a nossa arrogância e a nossa presunção, que por vezes se torna também violência!” O Santo Padre observou ainda que a urgência de responder com frutos, “frutos de bem ao chamamento do Senhor, que nos chama a tornar-nos vinha, ajuda-nos a entender o que há de novo e de original na fé cristã. Ela não é tanto a soma de preceitos e de normas morais, mas é, sobretudo, uma proposta de amor que Deus, através de Jesus, fez e continua a fazer à
“É um convite a entrar nesta história de amor, tornando-se uma vinha viva e aberta, rica de frutos e de esperança para todos. Uma vinha fechada pode tornar-se selvagem e produzir uva selvagem. Somos chamados a sair da vinha para colocar-nos ao serviço dos irmãos que não estão connosco, para mexer connosco reciprocamente e encorajar-nos, para nos recordarmos de ser vinha do Senhor em todo ambiente, inclusive naqueles mais distantes e em condições difíceis.”

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

PEREGRINAÇÃO DIOCESANA A FÁTIMA



A peregrinação da Diocese de Setúbal ao Santuário de Fátima realiza-se no próximo dia 28 de outubro, inserida no biénio da família e no contexto da comemoração do Centenário das Aparições de Fátima.
O programa inicia-se pelas 10h00 com a recitação do terço na Capelinha das Aparições. Segue-se, pelas 11h00, a celebração da Eucaristia na Basílica da Santíssima Trindade.
À tarde, a partir das 15h00, o painel “Fátima e Família”, também na Basílica da Santíssima Trindade, contará com a presença de vários convidados que ajudarão os peregrinos a refletir a mensagem de Fátima. O dia terminará com a oração de vésperas.

INSCREVA-SE NA PARÓQUIA

domingo, 1 de outubro de 2017

REFLEXÃO DO PAPA FRANCISCO SOBRE O EVANGELHO DO XXVI DOMINGO COMUM (ANO A)


Mt 21,28-32 A palavra-chave para “superar a hipocrisia, a duplicidade de vida, o clericalismo que acompanha o legalismo” é o arrependimento, "que permite não enrijecer-se, e transformar os “nãos” a Deus em “sim”, e os “sim” ao pecado em “não” por amor do Senhor". 
Com a celebração eucarística no Estádio de Ara, em Bolonha, o Papa concluiu a sua visita pastoral iniciada na manhã deste domingo, recordando que a Palavra de Deus, é uma Palavra viva, que “penetra a alma e traz à luz os segredos e as contradições do coração” e que nunca devemos esquecer os alimentos-base que sustentam o nosso caminho:  “a Palavra, o Pão, os pobres”.
O Santo Padre desenvolveu a sua homilia inspirando-se na parábola dos 2 filhos que, ao pedido do pai para irem para a sua vinha, um responde não, mas depois vai, enquanto o segundo diz sim, mas não vai.
“Existe uma grande diferença – observou o Papa - entre o primeiro filho, que é preguiçoso, e o segundo, que é hipócrita”. No coração do primeiro, “ainda ressoava o convite do pai”, enquanto no do segundo, “não obstante o sim, a voz do pai estava sepultada”: “A recordação do pai despertou o primeiro filho da preguiça, enquanto o segundo, mesmo conhecendo o bem, negou o dizer com o fazer. De fato, tornou-se impermeável à voz de Deus e da consciência e assim havia abraçado sem problemas a duplicidade de vida”.
Com esta parábola – explica o Papa – Jesus coloca dois caminhos diante de nós, “que nem sempre estamos prontos para dizer sim com as palavras e as obras, porque somos pecadores”: “Mas podemos escolher ser pecadores em caminho, que  permanecem na escuta do Senhor e quando caem se arrependem e se reerguem, como o primeiro filho; ou pecadores sentados, prontos a justificar-se sempre e somente em palavras, segundo o que convém”.
Jesus dirige esta parábola – explicou Francisco – a alguns chefes religiosos da  época “que se assemelhavam ao filho de vida dupla, enquanto as pessoas comuns se comportavam frequentemente como o outro filho”: “Estes chefes sabiam e explicavam tudo, em modo formalmente irrepreensível, como verdadeiros intelectuais da religião. Mas não tinham a humildade de escutar, a coragem de interrogar-se, a força de arrepender-se”.
E Jesus repreende-os de forma severa, dizendo que até mesmo os publicanos - que eram corruptos e traidores da pátria - os precederiam no reino de Deus.
O problema destes chefes religiosos – observa o Papa – é que erravam no modo de viver e pensar diante de Deus: “Eram, em palavras e com os outros, inflexíveis custódios das tradições humanas, incapazes de compreender que a vida segundo Deus é ‘em caminho’, que pede a humildade de abrir-se, arrepender-se e recomeçar”.
Isto nos ensina – ressaltou o Pontífice – que não existe uma vida cristã decidida numa conversa ao redor duma mesa, “cientificamente construída, onde basta cumprir alguns ditames para aquietar a consciência”: “A vida cristã é um caminho humilde de uma consciência nunca rígida e sempre em relação com Deus, que sabe arrepender-se e entregar-se a Ele nas suas pobrezas, sem nunca presumir bastar-se a si mesma. Assim, são superadas as edições revistas e atualizadas daquele antigo mal, denunciado por Jesus na parábola: a hipocrisia, a duplicidade de vida, o clericalismo que acompanha o legalismo, a separação das pessoas”.
Neste sentido, disse o Papa, a palavra-chave é “arrepender-se”: “É o arrependimento que permite não enrijecer-se, de transformar os “nãos” a Deus em “sim”, e os “sim” ao pecado, em “não”, por amor ao Senhor. A vontade do Pai, que a cada dia delicadamente fala à nossa consciência, se realiza somente na forma de arrependimento e da conversão contínua. Definitivamente no caminho de cada um existem duas estradas: ser pecadores arrependidos ou pecadores hipócritas”.
O que realmente conta – afirma Francisco, “não são os raciocínios que justificam e tentam salvar as aparências, mas um coração que avança com o Senhor, luta a cada dia, se arrepende e retorna para Ele. Porque o Senhor busca puros de coração, não puros “por fora’”.
A parábola é atual e diz respeito também às relações, “nem sempre fáceis, entre pais e filhos”:
“Hoje, na velocidade das transformações uma geração e outra, se constata mais forte a necessidade de autonomia do passado, às vezes até mesmo com a rebelião. Mas após os fechamentos e os longos silêncios de um lado ou de outro, é bom recuperar o encontro, mesmo se ainda habitado por conflitos, que podem tornar-se um estímulo de um novo equilíbrio”.
Assim como na família – completa o Santo Padre - “também na Igreja e na sociedade nunca se deve renunciar ao encontro, ao diálogo, em buscar novas vias para caminhar juntos”.