domingo, 26 de outubro de 2014

REFLEXÃO SOBRE O EVANGELHO DO XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A)

Mt 22, 34-40 No Evangelho deste XXX domingo do tempo comum, Jesus anuncia que o primeiro e o maior mandamento da lei é o amor a Deus, mas que há um segundo que é semelhante e inseparável desse: o amor ao próximo. Porém, o mandamento do amor a Deus e ao próximo não é o primeiro porque está no topo da lista dos mandamentos. Jesus não o coloca no alto, mas no centro, porque é o coração de onde tudo deve começar e retornar; é a referência.

Jesus não nos entregou fórmulas ou preceitos, não; ele nos confiou dois rostos, aliás, um só rosto, o de Deus que se reflete em muitos outros, pois no rosto de cada irmão, especialmente o menor, o mais frágil e indefeso, está presente a imagem de Deus.

Ao encontrarmos um destes irmãos, nós deveríamos nos perguntar se somos capazes de avistar nele o rosto de Deus. Somos capazes disso? Não se pode nunca separar a vida religiosa do serviço aos irmãos, aos irmãos que encontramos concretamente; ser santos requer também cuidar das pessoas mais frágeis como o estrangeiro, o órfão, a viúva. O amor é a medida da fé e a fé é a alma do amor.

Papa Francisco - Ângelus 26.10.2014

domingo, 19 de outubro de 2014

PAPA PAULO VI FOI HOJE BEATIFICADO EM ROMA

 
O Papa Paulo VI foi hoje (19/10) beatificado em Roma. Disse o Papa Francisco a propósito: "Neste dia da beatificação do Papa Paulo VI, voltam-me à mente estas palavras com que ele instituiu o Sínodo dos Bispos: «Ao perscrutar atentamente os sinais dos tempos, procuramos adaptar os métodos (...) às múltiplas necessidades dos nossos dias e às novas características da sociedade» (Carta ap. Motu próprio Apostolica sollicitudo).
A respeito deste grande Papa, deste cristão corajoso, deste apóstolo incansável, diante de Deus hoje só podemos dizer uma palavra tão simples como sincera e importante: Obrigado! Obrigado, nosso querido e amado Papa Paulo VI! Obrigado pelo teu humilde e profético testemunho de amor a Cristo e à sua Igreja!
No seu diário pessoal, depois do encerramento da Assembleia Conciliar, o grande timoneiro do Concílio deixou anotado: «Talvez o Senhor me tenha chamado e me mantenha neste serviço não tanto por qualquer aptidão que eu possua ou para que eu governe e salve a Igreja das suas dificuldades actuais, mas para que eu sofra algo pela Igreja e fique claro que Ele, e mais ninguém, a guia e salva» (P. Macchi, Paolo VI nella sua parola, Brescia 2001, pp. 120-121). Nesta humildade, resplandece a grandeza do Beato Paulo VI, que soube, quando se perfilava uma sociedade secularizada e hostil, reger com clarividente sabedoria – e às vezes em solidão – o timão da barca de Pedro, sem nunca perder a alegria e a confiança no Senhor.
Verdadeiramente Paulo VI soube «dar a Deus o que é de Deus» (como nos dizia Jesus no Evangelho deste domingo), dedicando toda a sua vida a este «dever sacro, solene e gravíssimo: continuar no tempo e dilatar sobre a terra a missão de Cristo» (Homilia no Rito da sua Coroação, Insegnamenti, I, 1963, p. 26), amando a Igreja e guiando-a para ser «ao mesmo tempo mãe amorosa de todos os homens e medianeira de salvação» (Carta enc. Ecclesiam suam, prólogo)."

REFLEXÃO SOBRE O EVANGELHO DO XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A)


Mt 22, 15-21 No Evangelho deste XXIX domingo do tempo comum Jesus é provocado pelos fariseus. À provocação dos fariseus, que queriam, por assim dizer, fazer-Lhe um exame de religião e induzi-Lo em erro, Jesus responde com esta frase irónica e genial: «Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus» (Mt 22, 21). Sobre esta passagem do Evangelho de hoje diz o Papa Francisco: "É uma resposta útil que o Senhor dá a todos aqueles que sentem problemas de consciência, sobretudo quando estão em jogo as suas conveniências, as suas riquezas, o seu prestígio, o seu poder e a sua fama. E isto acontece em todos os tempos e desde sempre.
A acentuação de Jesus recai certamente sobre a segunda parte da frase: «E [dai] a Deus o que é de Deus». Isto significa reconhecer e professar – diante de qualquer tipo de poder – que só Deus é o Senhor do homem, e não há outro. Esta é a novidade perene que é preciso redescobrir cada dia, vencendo o temor que muitas vezes sentimos perante as surpresas de Deus. Ele não tem medo das novidades! Por isso nos surpreende continuamente, abrindo-nos e levando-nos para caminhos inesperados. Ele renova-nos, isto é, faz-nos «novos» continuamente. Um cristão que vive o Evangelho é «a novidade de Deus» na Igreja e no mundo. E Deus ama tanto esta «novidade»!
«Dar a Deus o que é de Deus» significa abrir-se à sua vontade e dedicar-Lhe a nossa vida, cooperando para o seu Reino de misericórdia, amor e paz.
Aqui está a nossa verdadeira força, o fermento que faz levedar e o sal que dá sabor a todo o esforço humano contra o pessimismo predominante que o mundo nos propõe. Aqui está a nossa esperança, porque a esperança em Deus não é uma fuga da realidade, não é um álibi: é restituir diligentemente a Deus aquilo que Lhe pertence. É por isso que o cristão fixa o olhar na realidade futura, a realidade de Deus, para viver plenamente a existência – com os pés bem fincados na terra – e responder, com coragem, aos inúmeros desafios novos..."

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

REFLEXÃO SOBRE O EVANGELHO DO XXVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A)



Mt. 22, 1-14 O Papa Francisco disse hoje no Vaticano, a propósito da passagem do evangelho deste XXVIII domingo do tempo comum, que a Igreja Católica tem de estar aberta a todos, com particular atenção pelos “excluídos”, numa atitude de "gratuidade" e "universalidade".
“A bondade de Deus não tem limites e não discrimina ninguém: por isso, este banquete dos dons do Senhor é universal, para todos”, declarou, perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação da oração do ângelus.
A intervenção sublinhou que todas as pessoas têm a “possibilidade” de responder ao convite de Deus e que “ninguém tem o direito de se sentir privilegiado ou de reivindicar exclusividade”.
O Papa advertiu, por outro lado, que muitas vezes esta proposta é recusada porque se colocam em primeiro lugar “as preocupações materiais” e outros interesses, esquecendo “a amizade, a alegria, a salvação” de Deus.
Partindo desta passagem do Evangelho, o Papa Francisco observou que o convite de Jesus ultrapassa “os limites do que seria razoável” e vai ao encontro dos “pobres, abandonados e deserdados, bons e maus, sem distinção”.
“A sala enche-se de excluídos. O Evangelho, recusado por alguns, encontra um acolhimento inesperado em tantos outros corações”, acrescentou.
O Papa desafiou os católicos a deixar de se colocarem “comodamente no centro” para se abrirem às “periferias”, reconhecendo que “também quem está nas margens é objeto da generosidade de Deus”.
“Todos somos chamados a não reduzir o Reino de Deus aos confins da ‘igrejinha’, mas a expandir a Igreja para as dimensões do Reino de Deus”, precisou.
A condição para entrar neste “banquete” do Reino de Deus, prosseguiu Francisco, é usar a ‘veste nupcial’, “o amor por Deus e pelo próximo”, em especial “pelos mais frágeis”, como é o caso das pessoas perseguidas.

domingo, 5 de outubro de 2014

REFLEXÃO SOBRE O EVANGELHO DO XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A)

Mt.2 1, 33-43 Nas leituras de hoje, é usada a imagem da vinha do Senhor tanto pelo profeta Isaías como pelo Evangelho. A vinha do Senhor é o seu «sonho», o projecto que Ele cultiva com todo o seu amor, como um agricultor cuida do seu vinhedo. A videira é uma planta que requer muitos cuidados!
O «sonho» de Deus é o seu povo: Ele plantou-o e cultiva-o, com amor paciente e fiel, para se tornar um povo santo, um povo que produza muitos e bons frutos de justiça.
Mas, tanto na antiga profecia como na parábola de Jesus, o sonho de Deus fica frustrado. Isaías diz que a vinha, tão amada e cuidada, «produziu agraços» (5, 2.4), enquanto Deus «esperava a justiça, e eis que só há injustiça; esperava a rectidão, e eis que só há lamentações» (5, 7). Por sua vez, no Evangelho, são os agricultores que arruínam o projecto do Senhor: não trabalham para o Senhor, mas só pensam nos seus interesses.
Através da sua parábola, Jesus dirige-se aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, isto é, aos «sábios», à classe dirigente. Foi a eles, de modo particular, que Deus confiou o seu «sonho», isto é, o seu povo, para que o cultivem, cuidem dele e o guardem dos animais selvagens. Esta é a tarefa dos líderes do povo: cultivar a vinha com liberdade, criatividade e diligência.
Mas Jesus diz que aqueles agricultores se apoderaram da vinha; pela sua ganância e soberba, querem fazer dela aquilo que lhes apetece e, assim, tiram a Deus a possibilidade de realizar o seu sonho a respeito do povo que Ele escolheu.
Também nós somos chamados a trabalhar para a vinha do Senhor, no Sínodo dos Bispos. As assembleias sinodais não servem para discutir ideias bonitas e originais, nem para ver quem é mais inteligente. Servem para cultivar e guardar melhor a vinha do Senhor, para cooperar no seu sonho, no seu projecto de amor a respeito do seu povo. Neste caso, o Senhor pede-nos para cuidarmos da família, que, desde os primórdios, é parte integrante do desígnio de amor que ele tem para a humanidade.
A nós também nos pode vir a tentação de «nos apoderarmos» da vinha, por causa da ganância que nunca falta aos seres humanos. O sonho de Deus sempre se embate com a hipocrisia de alguns dos seus servidores. Podemos «frustrar» o sonho de Deus, se não nos deixarmos guiar pelo Espírito Santo. O Espírito dá-nos a sabedoria, que supera a ciência, para trabalharmos generosamente com verdadeira liberdade e humilde criatividade.
Irmãos, para cultivar e guardar bem a vinha, é preciso que os nossos corações e as nossas mentes sejam guardados em Cristo Jesus pela «paz de Deus que ultrapassa toda a inteligência», como diz São Paulo (Flp 4, 7). Assim, os nossos pensamentos e os nossos projectos estarão de acordo com o sonho de Deus: formar para Si um povo santo que Lhe pertença e produza os frutos do Reino de Deus (cf. Mt 21, 43).
 
Papa Francisco (05/10/2014)


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

PEREGRINAÇÃO DIOCESANA A FÁTIMA


Peregrinação Diocesana a Fátima
Sábado 25 de Outubro de 2014
presidida pelo Bispo de Setúbal

para agradecer a Nossa Senhora os 40 anos da Diocese

Participe com a sua família.
Faça a inscrição na Paróquia
com o custo de 10€ para o autocarro.


Horário da peregrinação:
09.45 – Saudação a Nossa Senhora, na Capelinha das Aparições;
10.00 – Terço do Rosário, também na Capelinha;
11.00 – Missa Internacional, na Basílica da Santíssima Trindade, presidida por D. Gilberto dos Reis.
14.30 – Encontro, Adoração e Vésperas, na Basílica da Santíssima Trindade.
17.30 – Encerramento da Peregrinação.