Mt. 5, 38-48 No Evangelho deste VII domingo do tempo comum Jesus fala-nos da santidade e explica a nova lei – a sua. O Papa Francisco disse, hoje, a propósito, na homilia da Santa Missa com os novos Cardeais, que Jesus o faz através de algumas antíteses entre a justiça imperfeita dos escribas e fariseus e a justiça superior do Reino de Deus. A primeira antítese do texto de hoje, referiu o Santo Padre, tem a ver com a vingança. «Ouvistes que foi dito aos antigos: “Olho por olho e dente por dente”. Pois Eu digo-vos: (...) se alguém te bater na face direita, apresenta-lhe também a outra» (Mt 5, 38-39). Não só não devemos restituir ao outro o mal que nos fez, sublinhou o Sumo Pontífice, mas havemos também de esforçar-nos por fazer o bem magnanimamente. A segunda antítese refere-se aos inimigos: «Ouvistes que foi dito: “Hás-de amar o teu próximo e odiar o teu inimigo”. Pois Eu digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem» (5, 43-44). A quem quer segui-Lo, disse o Santo Padre, Jesus pede para amar a pessoa que não o merece, sem retribuição, a fim de preencher as lacunas de amor que há nos corações, nas relações humanas, nas famílias, nas comunidades, no mundo. Segundo o Papa Francisco, Jesus não veio para nos ensinar as boas maneiras, as cortesias; para isso, não era preciso que descesse do Céu e morresse na cruz. Cristo veio para nos salvar, para nos mostrar o caminho, o único caminho de saída das areias movediças do pecado, e este caminho é a misericórdia. Ser santo, referiu igualmente o Santo Padre, não é um luxo, é necessário para a salvação do mundo. E - acrescentou - que imitar a santidade e a perfeição de Deus pode parecer uma meta inatingível; contudo, a primeira Leitura e o Evangelho sugerem os exemplos concretos para que o comportamento de Deus se torne a regra do nosso agir. Lembremo-nos, porém, como recordou também Sua Santidade, de que o nosso esforço, sem o Espírito Santo, seria vão! Na opinião do Santo Padre a santidade cristã não é, primariamente, obra nossa, mas fruto da docilidade – deliberada e cultivada – ao Espírito do Deus três vezes Santo. O Levítico diz: «Não odieis um irmão vosso no íntimo do coração (...). Não vos vingueis; não guardeis rancor (...). Amai o vosso próximo» (19, 17-18). Estas atitudes - concluiu o Papa Francisco - nascem da santidade de Deus. E referiu ainda que nós somos tão diferentes, tão egoístas e orgulhosos e, no entanto, a bondade e a beleza de Deus atraem-nos, e o Espírito Santo pode purificar-nos, pode transformar-nos, pode moldar-nos dia após dia.
domingo, 23 de fevereiro de 2014
domingo, 16 de fevereiro de 2014
EVANGELHO DO VI DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A)
Mt 5, 17-37 A liturgia deste VI domingo do Tempo Comum gira à volta dos mandamentos e do seu cumprimento ou não cumprimento. Deus criou-nos livres, respeita a nossa liberdade e portanto ser fiel aos mandamentos depende da nossa vontade. A felicidade que os mandamentos nos ajudam a alcançar é, portanto, uma opção nossa. Quanto ao Evangelho, própriamente dito, parte do “sermão da montanha”, tendo como tema “a atitude de Jesus em relação à Lei judaica”. Ele próprio declara que não veio abolir a Lei e os Profetas, mas sim levá-los ao seu pleno cumprimento”.“Jesus não dá importância apenas à observância disciplinar, à conduta exterior; vai à raiz da Lei, insiste sobretudo na intenção, no coração”: observou o Papa Francisco, neste domingo ao meio-dia, comentando esta passagem – antes da recitação do Angelus. E acrescentou: “Jesus não quer cancelar os mandamentos que o Senhor deu por meio de Moisés, mas quer levá-los à sua plenitude (…) este cumprimento da Lei exige uma justiça superior, uma observância mais autêntica.” Mas que significa este “pleno cumprimento” da Lei – interrogou-se o Papa, fazendo notar que “Jesus era prático. Falava sempre com exemplos para fazer-se compreender”. E um dos exemplos propostos por Jesus, neste Evangelho, é o quinto mandamento – “Não matar!”. Diz o Papa que, relativamente a este mandamento, “Jesus recorda-nos que também as palavras podem matar! Portanto, não só há que não atentar à vida do próximo, mas é preciso também não derramar sobre ele o veneno da ira nem atingi-lo com a calúnia”.
O Papa pediu igualmente que não se fale mal dos outros. "Estou convencido - disse - de que se uma pessoa decide deixar de dizer mal dos outros, tornar-se-á santo. Queremos ser santos? – interpelou o Papa, dirigindo-se à multidão de largos milhares de pessoas, concentradas na praça de São Pedro. Então “nada de murmurações!”
Disse ainda: “O amor ao próximo é uma atitude tão fundamental que Jesus chega a afirmar que a nossa relação com Deus não pode ser sincera se não quisermos fazer as pazes com o próximo”.
Somos, pois, chamados a reconciliarmo-nos com os nossos irmãos antes de manifestar a nossa devoção ao Senhor por meio da oração. “Daqui se percebe que Jesus não dá simplesmente importância à observância disciplinar e à conduta exterior. Vai à raiz da Lei, insistindo na intenção e portanto no coração do homem, de onde provêm as nossas acções boas ou más”.
Para obter comportamentos bons e honestos – insistiu o Papa – não bastam as normas jurídicas; são precisas motivações profundas, expressão da Sapiência de Deus, que pode ser acolhida graças ao Espírito Santo. “É à luz deste ensinamento de Cristo – concluiu o Papa – que cada um dos preceitos revela o seu pleno significado como exigência de amor; todos eles convergem no maior dos mandamentos: ama a Deus com todo o coração e ama o próximo como a ti mesmo”.
O Papa pediu igualmente que não se fale mal dos outros. "Estou convencido - disse - de que se uma pessoa decide deixar de dizer mal dos outros, tornar-se-á santo. Queremos ser santos? – interpelou o Papa, dirigindo-se à multidão de largos milhares de pessoas, concentradas na praça de São Pedro. Então “nada de murmurações!”
Disse ainda: “O amor ao próximo é uma atitude tão fundamental que Jesus chega a afirmar que a nossa relação com Deus não pode ser sincera se não quisermos fazer as pazes com o próximo”.
Somos, pois, chamados a reconciliarmo-nos com os nossos irmãos antes de manifestar a nossa devoção ao Senhor por meio da oração. “Daqui se percebe que Jesus não dá simplesmente importância à observância disciplinar e à conduta exterior. Vai à raiz da Lei, insistindo na intenção e portanto no coração do homem, de onde provêm as nossas acções boas ou más”.
Para obter comportamentos bons e honestos – insistiu o Papa – não bastam as normas jurídicas; são precisas motivações profundas, expressão da Sapiência de Deus, que pode ser acolhida graças ao Espírito Santo. “É à luz deste ensinamento de Cristo – concluiu o Papa – que cada um dos preceitos revela o seu pleno significado como exigência de amor; todos eles convergem no maior dos mandamentos: ama a Deus com todo o coração e ama o próximo como a ti mesmo”.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Setúbal: Bispo lembrou ao Governo necessidade de «gerir o bem comum»
No dia do seu Jubileu Episcopal, D. Gilberto lembrou ao Governo necessidade de «gerir o bem comum», na homilia da Eucaristia de acção de graças, que teve lugar na Sé, pelas 18h30.
domingo, 9 de fevereiro de 2014
EVANGELHO DO V DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A)
Mt 5, 13-16 No Evangelho deste domingo, Jesus pede aos discípulos para serem ‘Sal da terra e luz do mundo”. Sobre este pedido que Jesus nos faz também a nós, hoje, disse o Santo Padre na sua habitual reflexão dominical: “Todos nós batizados somos discípulos missionários e somos chamados a nos tornar no mundo um Evangelho vivo”. Disse ainda: “Com uma vida santa, daremos sabor aos diversos ambientes e os defenderemos da corrupção, como faz o sal; e levaremos a luz de Cristo com o testemunho de uma caridade autêntica. Mas se nós cristãos perdemos o sabor, apagamos a nossa presença de sal e luz, perdemos a eficácia. Mas, que bonita é esta missão que temos”. E falando de improviso, continuou: “É também muito bonito conservar a luz que recebemos de Jesus. Guardá-la. Conservá-la. O cristão deveria ser uma pessoa luminosa, que traz a luz, que sempre dá luz. Uma luz que não é sua, mas é um presente de Deus, o presente de Jesus. E nós levamos em frente esta luz. Se o cristão apaga esta luz, a sua vida não tem sentido: é um cristão somente de nome, que não leva a luz e a sua vida não tem sentido”.
Neste ponto, o Papa Francisco dirigiu-se aos milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro e perguntou reiteradamente se queriam ser uma lâmpada acesa ou apagada: “Como é que vocês querem viver? Como uma lâmpada acesa ou como uma lâmpada apagada? Acesa ou apagada?" e concluiu: “É justamente Deus que nos dá esta luz para a podermos dar aos outros. Lâmpada acesa. Esta é a vocação cristã”, afirmou.
Neste ponto, o Papa Francisco dirigiu-se aos milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro e perguntou reiteradamente se queriam ser uma lâmpada acesa ou apagada: “Como é que vocês querem viver? Como uma lâmpada acesa ou como uma lâmpada apagada? Acesa ou apagada?" e concluiu: “É justamente Deus que nos dá esta luz para a podermos dar aos outros. Lâmpada acesa. Esta é a vocação cristã”, afirmou.
Que a nossa luz brilhe, então, transformando a nossa vida num ato de louvor permanente ao Senhor.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
domingo, 2 de fevereiro de 2014
EVANGELHO DA FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR
Lc. 2, 22-40 A Igreja celebra neste domingo a Festa da Apresentação de Jesus no Templo. O Evangelho de hoje relata que quarenta dias depois do nascimento de Jesus, e em obediência à lei de Moisés, Maria e José levam o menino ao templo para oferecê-lo e consagrá-lo a Deus. "Este episódio do Evangelho é um ícone da doação daqueles que, por um dom de Deus, adquirem os traços típicos de Jesus casto, pobre e obediente, o Consagrado do Pai", frisou, neste dia, o Santo Padre que acrescentou: "Esta oferta de si a Deus cabe a todo cristão, porque todos nós somos consagrados a Ele mediante o Batismo. Somos todos chamados a nos oferecer ao Pai com Jesus e como Jesus, fazendo de nossa vida uma generosa doação na família, no trabalho, no serviço à Igreja e nas obras de misericórdia."
Mas na sua homilia, o Sumo Pontífice sublinhou, igualmente, que "a Festa da Apresentação de Jesus no Templo é chamada também 'a festa do encontro': o encontro entre Jesus e o seu povo; quando Maria e José levaram o seu filho ao Templo de Jerusalém, realizou-se o primeiro encontro entre Jesus e o seu povo, representado pelos dois anciãos, Simeão e Ana". E sublinhou o Papa, a propósito: "Aquele foi também um encontro dentro da história do povo, um encontro entre os jovens e os idosos: os jovens eram Maria e José com o seu recém-nascido e os anciãos eram Simeão e Ana, dois personagens que sempre frequentavam o Templo". Sobre os anciãos, São Lucas diz que eram guiados pelo Espírito Santo. Então, à luz desta passagem e segundo o Santo Padre, podemos ainda olhar "para vida consagrada como um encontro com Cristo, pois Ele vem até nós, trazido por Maria e José, e nós vamos em direção a Ele, guiados pelo Espírito Santo. Mas no centro está Ele. Ele move tudo, Ele nos atrai ao Templo, à Igreja, onde podemos encontrá-lo, reconhecê-lo, acolhê-lo e abraçá-lo". Ele é a luz que veio para se revelar às nações, como anuncia Simeão.
"Que a graça deste mistério, o mistério do encontro, nos ilumine e nos conforte em nosso caminho", como concluiu hoje o Papa Francisco, na sua homilia.
"Que a graça deste mistério, o mistério do encontro, nos ilumine e nos conforte em nosso caminho", como concluiu hoje o Papa Francisco, na sua homilia.
Subscrever:
Mensagens (Atom)