domingo, 23 de fevereiro de 2014

EVANGELHO DO VII DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A)

 
 
Mt. 5, 38-48 No Evangelho deste VII domingo do tempo comum Jesus fala-nos da santidade e explica a nova lei – a sua. O Papa Francisco disse, hoje, a propósito, na homilia da Santa Missa com os novos Cardeais, que Jesus o faz através de algumas antíteses entre a justiça imperfeita dos escribas e fariseus e a justiça superior do Reino de Deus. A primeira antítese do texto de hoje, referiu o Santo Padre, tem a ver com a vingança. «Ouvistes que foi dito aos antigos: “Olho por olho e dente por dente”. Pois Eu digo-vos: (...) se alguém te bater na face direita, apresenta-lhe também a outra» (Mt 5, 38-39). Não só não devemos restituir ao outro o mal que nos fez, sublinhou o Sumo Pontífice, mas havemos também de esforçar-nos por fazer o bem magnanimamente. A segunda antítese refere-se aos inimigos: «Ouvistes que foi dito: “Hás-de amar o teu próximo e odiar o teu inimigo”. Pois Eu digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem» (5, 43-44). A quem quer segui-Lo, disse o Santo Padre, Jesus pede para amar a pessoa que não o merece, sem retribuição, a fim de preencher as lacunas de amor que há nos corações, nas relações humanas, nas famílias, nas comunidades, no mundo. Segundo o Papa Francisco, Jesus não veio para nos ensinar as boas maneiras, as cortesias; para isso, não era preciso que descesse do Céu e morresse na cruz. Cristo veio para nos salvar, para nos mostrar o caminho, o único caminho de saída das areias movediças do pecado, e este caminho é a misericórdia. Ser santo, referiu igualmente o Santo Padre, não é um luxo, é necessário para a salvação do mundo. E - acrescentou - que imitar a santidade e a perfeição de Deus pode parecer uma meta inatingível; contudo, a primeira Leitura e o Evangelho sugerem os exemplos concretos para que o comportamento de Deus se torne a regra do nosso agir. Lembremo-nos, porém, como recordou também Sua Santidade, de que o nosso esforço, sem o Espírito Santo, seria vão! Na opinião do Santo Padre a santidade cristã não é, primariamente, obra nossa, mas fruto da docilidade – deliberada e cultivada – ao Espírito do Deus três vezes Santo. O Levítico diz: «Não odieis um irmão vosso no íntimo do coração (...). Não vos vingueis; não guardeis rancor (...). Amai o vosso próximo» (19, 17-18). Estas atitudes - concluiu o Papa Francisco - nascem da santidade de Deus. E referiu ainda que nós somos tão diferentes, tão egoístas e orgulhosos e, no entanto, a bondade e a beleza de Deus atraem-nos, e o Espírito Santo pode purificar-nos, pode transformar-nos, pode moldar-nos dia após dia.

 

domingo, 16 de fevereiro de 2014

EVANGELHO DO VI DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A)


Mt 5, 17-37 A liturgia deste VI domingo do Tempo Comum gira à volta dos mandamentos e do seu cumprimento ou não cumprimento. Deus criou-nos livres, respeita a nossa liberdade e portanto ser fiel aos mandamentos depende da nossa vontade. A felicidade que os mandamentos nos ajudam a alcançar é, portanto, uma opção nossa. Quanto ao Evangelho, própriamente dito, parte do “sermão da montanha”, tendo como tema “a atitude de Jesus em relação à Lei judaica”. Ele próprio declara que não veio abolir a Lei e os Profetas, mas sim levá-los ao seu pleno cumprimento”.“Jesus não dá importância apenas à observância disciplinar, à conduta exterior; vai à raiz da Lei, insiste sobretudo na intenção, no coração”: observou o Papa Francisco, neste domingo ao meio-dia, comentando esta passagem – antes da recitação do Angelus. E acrescentou: “Jesus não quer cancelar os mandamentos que o Senhor deu por meio de Moisés, mas quer levá-los à sua plenitude (…) este cumprimento da Lei exige uma justiça superior, uma observância mais autêntica.” Mas que significa este “pleno cumprimento” da Lei – interrogou-se o Papa, fazendo notar que “Jesus era prático. Falava sempre com exemplos para fazer-se compreender”. E um dos exemplos propostos por Jesus, neste Evangelho, é o quinto mandamento – “Não matar!”. Diz o Papa que, relativamente a este mandamento, “Jesus recorda-nos que também as palavras podem matar! Portanto, não só há que não atentar à vida do próximo, mas é preciso também não derramar sobre ele o veneno da ira nem atingi-lo com a calúnia”.
O Papa pediu igualmente que não se fale mal dos outros. "Estou convencido - disse - de que se uma pessoa decide deixar de dizer mal dos outros, tornar-se-á santo. Queremos ser santos? – interpelou o Papa, dirigindo-se à multidão de largos milhares de pessoas, concentradas na praça de São Pedro. Então “nada de murmurações!”
Disse ainda: “O amor ao próximo é uma atitude tão fundamental que Jesus chega a afirmar que a nossa relação com Deus não pode ser sincera se não quisermos fazer as pazes com o próximo”.
Somos, pois, chamados a reconciliarmo-nos com os nossos irmãos antes de manifestar a nossa devoção ao Senhor por meio da oração. “Daqui se percebe que Jesus não dá simplesmente importância à observância disciplinar e à conduta exterior. Vai à raiz da Lei, insistindo na intenção e portanto no coração do homem, de onde provêm as nossas acções boas ou más”.
Para obter comportamentos bons e honestos – insistiu o Papa – não bastam as normas jurídicas; são precisas motivações profundas, expressão da Sapiência de Deus, que pode ser acolhida graças ao Espírito Santo. “É à luz deste ensinamento de Cristo – concluiu o Papa – que cada um dos preceitos revela o seu pleno significado como exigência de amor; todos eles convergem no maior dos mandamentos: ama a Deus com todo o coração e ama o próximo como a ti mesmo”.


domingo, 9 de fevereiro de 2014

EVANGELHO DO V DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A)

 
Mt 5, 13-16 No Evangelho deste domingo, Jesus pede aos discípulos para serem ‘Sal da terra e luz do mundo”. Sobre este pedido que Jesus nos faz também a nós, hoje, disse o Santo Padre na sua habitual reflexão dominical: “Todos nós batizados somos discípulos missionários e somos chamados a nos tornar no mundo um Evangelho vivo”. Disse ainda: “Com uma vida santa, daremos sabor aos diversos ambientes e os defenderemos da corrupção, como faz o sal; e levaremos a luz de Cristo com o testemunho de uma caridade autêntica. Mas se nós cristãos perdemos o sabor, apagamos a nossa presença de sal e luz, perdemos a eficácia. Mas, que bonita é esta missão que temos”. E falando de improviso, continuou: “É também muito bonito conservar a luz que recebemos de Jesus. Guardá-la. Conservá-la. O cristão deveria ser uma pessoa luminosa, que traz a luz, que sempre dá luz. Uma luz que não é sua, mas é um presente de Deus, o presente de Jesus. E nós levamos em frente esta luz. Se o cristão apaga esta luz, a sua vida não tem sentido: é um cristão somente de nome, que não leva a luz e a sua vida não tem sentido”.
Neste ponto, o Papa Francisco dirigiu-se aos milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro e perguntou reiteradamente se queriam ser uma lâmpada acesa ou apagada: “Como é que vocês querem viver? Como uma lâmpada acesa ou como uma lâmpada apagada? Acesa ou apagada?" e concluiu: “É justamente Deus que nos dá esta luz para a podermos dar aos outros. Lâmpada acesa. Esta é a vocação cristã”, afirmou.
Que a nossa luz brilhe, então, transformando a nossa vida num ato de louvor permanente ao Senhor.

 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

D. Gilberto Reis, 25 anos de ordenação episcopal, no próximo dia 12 de Fevereiro

D. Gilberto Reis, 25 anos de ordenação episcopal, no próximo dia 12 de Fevereiro.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

EVANGELHO DA FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR

 
Lc. 2, 22-40 A Igreja celebra neste domingo a Festa da Apresentação de Jesus no Templo. O Evangelho de hoje relata que quarenta dias depois do nascimento de Jesus, e em obediência à lei de Moisés, Maria e José levam o menino ao templo para oferecê-lo e consagrá-lo a Deus. "Este episódio do Evangelho é um ícone da doação daqueles que, por um dom de Deus, adquirem os traços típicos de Jesus casto, pobre e obediente, o Consagrado do Pai", frisou, neste dia, o Santo Padre que acrescentou: "Esta oferta de si a Deus cabe a todo cristão, porque todos nós somos consagrados a Ele mediante o Batismo. Somos todos chamados a nos oferecer ao Pai com Jesus e como Jesus, fazendo de nossa vida uma generosa doação na família, no trabalho, no serviço à Igreja e nas obras de misericórdia."
Mas na sua homilia, o Sumo Pontífice sublinhou, igualmente, que "a Festa da Apresentação de Jesus no Templo é chamada também 'a festa do encontro': o encontro entre Jesus e o seu povo; quando Maria e José levaram o seu filho ao Templo de Jerusalém, realizou-se o primeiro encontro entre Jesus e o seu povo, representado pelos dois anciãos, Simeão e Ana". E sublinhou o Papa, a propósito: "Aquele foi também um encontro dentro da história do povo, um encontro entre os jovens e os idosos: os jovens eram Maria e José com o seu recém-nascido e os anciãos eram Simeão e Ana, dois personagens que sempre frequentavam o Templo". Sobre os anciãos, São Lucas diz que eram guiados pelo Espírito Santo. Então, à luz desta passagem e segundo o Santo Padre, podemos ainda olhar "para vida consagrada como um encontro com Cristo, pois Ele vem até nós, trazido por Maria e José, e nós vamos em direção a Ele, guiados pelo Espírito Santo. Mas no centro está Ele. Ele move tudo, Ele nos atrai ao Templo, à Igreja, onde podemos encontrá-lo, reconhecê-lo, acolhê-lo e abraçá-lo". Ele é a luz que veio para se revelar às nações, como anuncia Simeão.
 "Que a graça deste mistério, o mistério do encontro, nos ilumine e nos conforte em nosso caminho", como concluiu hoje o Papa Francisco, na sua homilia.