Lc 3,15-16.21-22 No Angelus da Festa do Batismo do
Senhor, que hoje celebramos, o Papa Francisco pediu para não esquecermos a data
do nosso Batismo: “Que seja uma data guardada no nosso coração para a podermos
festejar todos os anos”, e convidou a invocarmos “com mais frequência o Espírito
Santo”, “para poder viver com amor as coisas ordinárias, e assim, torná-las
extraordinárias”.
Na sua alocução, o Papa destacou que “a liturgia chama-nos
a conhecer mais plenamente Jesus” e por isso o Evangelho do dia, “ilustra dois
elementos importantes: a relação de Jesus com as pessoas e a relação de Jesus
com o Pai”.
Dirigindo-se aos milhares de peregrinos presentes
na Praça São Pedro, o Pontífice chamou a atenção para o fato de todo o povo que
estava presente na cena do Batismo “não ser apenas um pano de fundo”, mas
“um componente essencial do evento. Antes de mergulhar na água, Jesus
"mergulha" na multidão, une-se a ela assumindo plenamente a condição
humana, compartilhando tudo, exceto o pecado”.
“Na sua santidade divina, cheia de graça e de
misericórdia, disse o Papa, o Filho de Deus fez-se carne justamente para tomar
sobre si e tirar o pecado do mundo. Assumiu as nossas misérias, a nossa
condição humana”. Deixando-se batizar por João, Jesus “manifesta a lógica e o
sentido da sua missão”: “Unindo-se ao povo - que pede a João o Batismo
da conversão - Jesus compartilha com ele o profundo desejo da renovação
interior. E o Espírito Santo que desce sobre Ele "em forma corpórea, como
uma pomba", é o sinal de que com Jesus se inicia um mundo novo, uma
"nova criação", da qual fazem parte todos aqueles que acolhem Cristo
na sua vida”.
O “amor do Pai, que todos recebemos no dia do nosso
Batismo, é uma chama que foi acesa no nosso coração, e requer ser alimentada
mediante a oração e a caridade”.
O segundo elemento destacado por Francisco, é
a comunhão de Jesus com o Pai, e explica que “o Batismo é o início da
vida pública de Jesus, da sua missão no mundo como enviado do Pai para
manifestar a sua bondade e o seu amor pelos homens”: “Tal missão é realizada
em constante e perfeita união com o Pai e o Espírito Santo. Também a missão da
Igreja e a de cada um de nós, para ser fiel e frutuosa, é chamada a inserir-se
na de Jesus. Trata-se de regenerar continuamente na oração a evangelização e o
apostolado, para dar um claro testemunho cristão, não segundo os nossos
projetos humanos, mas segundo o estilo de Deus”.
A Festa do Batismo do Senhor – recorda o Papa – “é
uma ocasião propícia para renovar com gratidão e convicção as promessas do
nosso Batismo, comprometendo-nos a viver diariamente em coerência com ele”. E
reitera a importância de conhecermos a data de nosso Batismo, guardá-la no
coração e festejá-la todos os anos.