Mt 11, 2-11 Na alocução que precedeu, hoje, a oração mariana, o
Papa Francisco ressaltou que o terceiro Domingo do Advento é caracterizado pelo
convite de São Paulo: “Alegrai-vos sempre no Senhor, repito-vos, alegrai-vos, o
Senhor está próximo” (Fil 4,4-5).
“A alegria à qual nos exorta o Apóstolo não é uma
alegria superficial ou puramente emotiva, e nem mesmo mundana ou a alegria do
consumismo. Não, não é esta, mas se trata de uma alegria mais autêntica, da
qual somos chamados a redescobrir o sabor. O sabor da verdadeira alegria.”
É uma alegria que toca o íntimo do nosso ser,
continuou o Pontífice, “enquanto esperamos Jesus que veio trazer a salvação ao
mundo, o Messias prometido, nascido em Belém, nascido da Virgem Maria”.
Referindo-se à liturgia dominical, o Papa disse-nos
que esta nos dá o contexto adequado para compreender e viver esta alegria. A
salvação é finalmente anunciada: “Sede fortes! – diz o profeta Isaías (35,4).
“Eis que o vosso Deus vem para salvar-vos. E imediatamente tudo se transforma:
o deserto floresce, a consolação e a alegria invadem os corações”.
Estes sinais anunciados pelo Profeta como
reveladores da salvação já presente, se realizam em Jesus, frisou o Santo
Padre.
“Não são palavras, são fatos que demonstram como a
salvação, trazida por Jesus, alcança o ser humano em sua totalidade e o
regenera. Deus entrou na história para libertar-nos da escravidão do pecado;
colocou sua tenda no meio de nós para partilhar a nossa existência, curar as
nossas chagas, enfaixar nossas feridas e doar-nos a vida nova. A alegria é o
fruto dessa intervenção de salvação e do amor de Deus.”
“Somos chamados a deixar-nos envolver pelo
sentimento de júbilo. Este júbilo, esta alegria”, acrescentou Francisco fazendo
uma oportuna e pertinente apreciação:
“Um cristão que não é alegre, falta-lhe alguma
coisa ou não é cristão. A alegria do coração, a alegria interior nos leva
adiante e nos dá a coragem. O Senhor vem, vem em nossa vida como libertador,
vem libertar-nos de todas as escravidões internas e externas.”
O Papa lembrou ainda que o Natal está próximo, que
os sinais de seu aproximar-se são evidentes em nossas ruas, em nossas casas,
acrescentado que “estes sinais convidam-nos a acolher o Senhor que sempre vem e
bate à nossa porta, bate em nosso coração, para vir próximo a nós, convidam-nos
a reconhecer Seus passos entre aqueles irmãos que nos passam ao lado,
especialmente os mais fracos e necessitados”.
Por fim, exortou-nos a partilhar esta alegria com
os outros, dando conforto e esperança aos pobres, aos doentes, às pessoas
sozinhas e infelizes. (RL)