Lc
21,5-19 Inspirado na passagem de Lucas proposta pela Liturgia
do dia, que narra o discurso de Jesus sobre o final dos tempos, o Papa
recordou, hoje, na oração do Angelus, o “efeito destas palavras sobre os
discípulos de Jesus”, explicando:
“Ele, porém, não quer ofender o templo, mas
fazê-los entender, e também a nós hoje, que as construções humanas, mesmo as
mais sagradas, são passageiras. Não devemos, por isso, colocar nelas a nossa
segurança. Quantas presumíveis certezas na nossa vida que pensávamos serem
definitivas e depois, revelaram-se efêmeras! Por outro lado, quantos problemas
nos pareciam sem saída e depois, foram superados!”.
Ao alertar sobre os falsos profetas, o Pontífice
explica que “as guerras, revoluções e calamidades”, fazem “parte da realidade
deste mundo”. E que não nos devemos deixar aterrorizar e desorientar por estes
acontecimentos:
“A história da Igreja é rica de exemplos de pessoas
que suportaram tribulações e sofrimentos terríveis com serenidade, porque
tinham a consciência de estarem firmes nas mãos de Deus. Ele é um Pai fiel e
cuidadoso, que nunca abandona os seus filhos. Deus não nos abandona nunca.
Nunca. Esta certeza devemos ter no coração. Deus não nos abandona nunca”.
Neste sentido, devemos “permanecer firmes no
Senhor, caminhar na esperança, trabalhar para construir um mundo melhor, não
obstante as dificuldades e os acontecimentos tristes que marcam a existência
pessoal e coletiva”, pois “é isto que realmente conta; é isto que a comunidade
cristã é chamada a fazer para ir de encontro ao “dia do Senhor”.