Mt 28, 16-20 Neste primeiro Domingo de Junho celebra-se a solenidade da
Ascensão do Senhor. O Papa Francisco, na sua habitual reflexão antes da oração
mariana do Regina Coeli, recordou o episódio da separação final de Jesus dos
seus discípulos e do mundo, narrado nos Actos dos Apóstolos, enquanto que o
evangelho de Mateus fala de mandato – um convite aos discípulos para ir, partir
para anunciar a todos os povos a sua mensagem de salvação. Portanto, “ir”, ou
melhor “partir”, é a palavra-chave da festa de hoje – disse o Papa: "Jesus parte, sobe ao Céu, ou seja, retorna ao Pai, por quem havia sido
enviado ao mundo. Mas não se trata de uma separação, porque Ele permanece
connosco para sempre, sob uma forma nova. Com a sua ascensão, o Senhor
ressuscitado atrai o olhar dos Apóstolos - e também o nosso - para as alturas
do céu para nos mostrar que a meta do nosso caminho é o Pai". E
o Papa Francisco prosseguiu dizendo que Jesus continua presente e activo nos assuntos
da história humana com o poder e os dons do seu Espírito, e que está ao lado de
cada um de nós: "Mesmo que não o vejamos com os nossos olhos, Ele está lá! Nos
acompanha, nos guia, nos leva pela mão e nos levanta quando caímos. Jesus
ressuscitado está próximo dos cristãos perseguidos e discriminados; está perto
de todo homem e mulher que sofre. Está perto de cada um de nós, está aqui na
Praça. O Senhor está connosco.” E o Papa acrescentou ainda que,
quando regressa ao céu Jesus leva ao Pai o presente das suas chagas, assim
quando o Pai olha para as chagas de Jesus se torna mais misericordioso e nos
perdoa a todos. Mas Jesus também está presente através da Igreja, que Ele
enviou para prolongar a sua missão, sublinhou ainda o Papa Francisco,
recordando que a última palavra de Jesus aos seus discípulos é o comando para
partir: "Ide, portanto, fazei discípulos todas as nações" -um mandato
claro, não facultativo, insistiu o Papa: "A comunidade cristã é uma comunidade "de
saída", "pronta a partir". Vós me direis: mas e as comunidades
de clausura!? Sim, também elas, porque estão sempre "de saída" com a
oração, com o coração aberto ao mundo, aos horizontes de Deus. E os idosos, os
doentes!? Também eles, através da oração e a união às chagas de Jesus.”Aos
seus discípulos missionários, Jesus diz: "Eu estarei sempre convosco, até
ao fim do mundo" observou o Papa, pois sozinhos, sem Jesus, nada podemos
fazer: "Na obra apostólica não bastam as nossas forças, os nossos recursos, as
nossas estruturas, mesmo que sejam necessárias. Sem a presença do Senhor e a
força do seu Espírito, o nosso trabalho ainda que bem organizado, é
ineficaz".