segunda-feira, 7 de abril de 2014

EVANGELHO DO V DOMINGO DA QUARESMA (ANO A)

 
 
 
 
Jo. 11, 1-45 Numa Praça de S. Pedro particularmente repleta de fiéis, o Papa Francisco na sua reflexão antes da oração mariana do Ângelus comentou o Evangelho deste V domingo da Quaresma que nos fala da ressurreição de Lázaro, o ponto mais alto dos "sinais" prodigiosos realizados por Jesus, um gesto demasiado grande e claramente divino para ser tolerado pelos sumos sacerdotes que, sabendo deste facto, tomaram a decisão de matar Jesus, disse o Papa, que em seguida acrescentou: Lázaro estava morto havia três dias, quando Jesus chegou; e disse às suas irmãs, Marta e Maria, umas  palavras que ficaram gravadas para sempre na memória da comunidade cristã: "Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca mais morrerá". Seguindo a Palavra do Senhor, nós acreditamos que a vida daqueles que acreditam em Jesus e seguem o seu mandamento, depois da morte será transformada numa vida nova, plena e imortal. Como Jesus ressuscitou com o seu próprio corpo, mas não voltou à vida terrena, assim também nós ressuscitaremos com os nossos corpos que serão transfigurados em corpos gloriosos. Ele está à espera de nós junto do Pai, e a força do Espírito Santo, que o ressuscitou dos mortos, também ressuscitará aqueles que estão unidos a Ele. E sobre o significado desta ressurreição para a vida dos fiéis o Papa sublinhou: Diante do túmulo lacrado do amigo, Jesus "bradou com voz forte: " Lázaro, sai para fora!". O morto saiu, com os pés e as mãos enfaixados com ligaduras, e o rosto envolvido num sudário ". Este grito peremptório é dirigido a cada homem, porque todos nós somos marcados pela morte; é a voz d'Aquele que é o senhor da vida e quer que todos "a tenham em abundância". Cristo não se resigna aos túmulos que construímos para nós com as nossas opções do mal e da morte. Ele nos convida , quase nos ordena, a sair do túmulo em que os nossos pecados nos afundaram. Chama-nos com insistência para sairmos da escuridão da prisão em que nos fechamos, para nos contentarmos com uma vida falsa, egoísta, medíocre.
"Sai para fora!" foram, então, as palavras que Jesus empregou para chamar Lázaro. Ora o Santo Padre aconselha-nos a deixarmo-nos agarrar por estas palavras que Jesus hoje repete, também, a cada um de nós. Deixemo-nos, pois, libertar das “faixas” do orgulho. A nossa ressurreição começa aqui: quando decidimos obedecer à ordem de Jesus, vindo à luz , à vida; quando da nossa face caem as máscaras e reavemos a coragem da nossa face original, criada à imagem e semelhança de Deus. O gesto de Jesus que ressuscita Lázaro mostra até onde pode chegar a força da graça de Deus, e portanto até onde pode chegar a nossa conversão, a nossa mudança. E neste ponto o Papa convidou aos presentes a repetirem com ele: “não há nenhum limite para a misericórdia de Deus oferecida a todos!”, tendo concluído dizendo que o Senhor está sempre pronto a levantar a pedra tumbal dos nossos pecados, que nos separa dele, luz dos viventes.