Que fazes, ó Cristo pregado nessa cruz?
Que fazes aí, ó Cristo antigo,
Pregado nessa Cruz, eternamente?
Liberta a tua mão, omnipotente,
Desprega esses teus pés... e vem comigo!
Não sabes que, sem Ti, nada consigo?
Não vês que fazes falta a muita gente?
Oh! Vem de novo, como antigamente,
Viver connosco e nós contigo!
Não vens? Não queres ouvir a humilde prece
Num mundo que, sem Ti, desaparece,
Vencido pela morte e pela dor?
Não vens? Não pode a Cruz ficar sózimha?
Pois, bem: Permite, então, que seja minha!
Eu fico nela... e desce Tu, Senhor!