Lc 4,21-30 No
Angelus deste IV Domingo do Tempo Comum o Papa Francisco comentou, como
habitualmente, o Evangelho deste domingo
que nos leva de novo à sinagoga de Nazaré na Galileia onde Jesus cresceu em
família e é conhecido por todos. A sua vida pública tinha sido já iniciada e
Ele regressa em dia de sábado à sinagoga apresentando-se à comunidade.
Jesus lê a passagem
do profeta Isaías que fala do futuro Messias – lembrou o Santo Padre – e Jesus
declara, como nos escreve S. Lucas, que “cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da
Escritura que acabais de ouvir”.
“Os concidadãos de
Jesus” – disse o Papa – começaram a murmurar entre eles e a dizer: ”porque é
que este que pretende ser o Consagrado do Senhor, não repete aqui na sua
cidade, os prodígios que se diz ter feito em Cafarnaum…?
A este propósito
Jesus afirma: “Nenhum profeta é bem aceite na sua pátria” – recordou o Papa que
salientou o facto de Jesus ter sido dali expulso.
“Esta passagem do
Evangelho” – sublinhou o Santo Padre – “não é simplesmente a descrição de um
litígio entre vizinhos”, mas coloca em destaque uma tentação do homem
religioso: “considerar a religião como um investimento humano e, por
consequência, colocar-se a “contratar com Deus procurando o seu próprio
interesse”. E o ministério profético de Jesus é anunciar sem ser excluído e sem
privilégios – afirmou o Papa Francisco:
“… anunciar que
nenhuma condição humana pode constituir motivo de exclusão do coração do Pai, e
que o único privilégio aos olhos de Deus é aquele de não ter privilégios, de
estar abandonado nas suas mãos.”
Também “hoje”, nesta
praça “cumpriu-se” a Escritura, proclamada por Jesus na sinagoga – salientou o
Papa dizendo que é sempre Jesus que “faz o primeiro passo” para vir ao nosso
encontro visitando-nos com a sua misericórdia para nos levantar do “nosso
orgulho e nos convida a acolher a consoladora verdade do Evangelho e a caminhar
nos caminhos do bem”.