Mc. 1, 7-11 A propósito do
Batismo de Jesus, Festa que encerra o Tempo do Natal, afirmou este domingo o
Santo Padre que este evento recorda a dramática súplica do Profeta Isaías:
“Quem dera rasgasses o céu para descer”.
Com isto,
afirmou o Papa, “acabou o tempo dos céus fechados”, que indicam a separação
entre Deus e o homem, consequência do pecado, que afasta o ser humano de Deus e
interrompe a ligação entre o Céu e a terra.
“Os céus abertos
indicam que Deus deu a sua graça para que a terra dê os seus frutos. Assim a
terra tornou-se morada de Deus entre os homens e cada um de nós tem a
possibilidade de encontrar o Filho de Deus, experimentando todo o seu amor e
infinita misericórdia. Podemos encontrá-lo nos Sacramentos, especialmente na
Eucaristia. Podemos reconhecê-lo na face dos nossos irmãos, em particular nos
pobres, nos doentes, nos encarcerados, nos refugiados. Estes são a carne viva
de Cristo sofredor e a imagem visível de Deus invisível”.
Com o Batismo de
Jesus – observou o Papa – os céus rasgam-se e Deus fala novamente, fazendo
ressoar a sua voz: “Tu és meu filho muito amado, em quem eu ponho toda a minha
afeição. A voz do Pai proclama o mistério que se esconde no homem batizado pelo
precursor”.
A descida do
Espírito Santo, em forma de pomba – continuou o Papa – consente a Cristo, o
Consagrado do Senhor, “ inaugurar a sua missão, que é a nossa salvação”.
Por isso o
Espírito Santo, “o esquecido”, enfatizou o Papa, deve ser mais invocado, “pois
temos necessidade de pedir a sua ajuda, a sua fortaleza, a sua inspiração”.
E o Espírito
Santo que animou a vida e o ministério de Jesus é o mesmo que hoje guia a
existência cristã, que deve portanto, junto com a missão, ser colocada sob sua
ação, para reencontrar “a coragem apostólica necessária para superar fáceis
acomodações mundanas.