domingo, 27 de novembro de 2016

REFLEXÃO DO PAPA FRANCISCO SOBRE O EVANGELHO DO I DOMINGO DO ADVENTO (ANO A)

Mt 24, 37-44 O Papa Francisco destacou, neste I Domingo do Advento, que este tempo de preparação para o Natal é um convite a deixar-se surpreender por Deus e a não depender de “nossas seguranças”.
“Neste tempo do Advento, somos chamados a ampliar o horizonte do nosso coração, a nos deixarmos surpreender pela vida que se apresenta a cada dia com suas novidades”, disse o Papa.
Para isso, disse, é preciso “aprender a não depender das nossas seguranças, dos nossos esquemas consolidados, porque o Senhor vem na hora que não imaginamos”. Em suma, o Advento “vem para nos conduzir a uma dimensão mais bonita e maior”.
Francisco assegurou que o Senhor faz “um convite à sobriedade, a não se deixar dominar pelas coisas deste mundo, pelas realidades materiais, mas sim a governá-las”.
“Quando, ao contrário, nos deixamos condicionar e dominar por elas, não percebemos que há algo muito mais importante: o nosso encontro final com o Senhor”.
O Santo Padre assinalou diante de milhares de peregrinos na Praça de São Pedro, que o evangelho deste domingo é “um convite à vigilância pois não sabemos quando Ele virá, é preciso estarmos sempre prontos”.
“A página do Evangelho nos conduz a um dos temas mais sugestivos do Advento: a visita do Senhor à humanidade”, afirmou.
“A primeira visita ocorreu com a encarnação, com o nascimento de Jesus na gruta de Belém; a segunda acontece no presente, o Senhor visita-nos continuamente, todos os dias, caminha ao nosso lado e é uma presença de consolação; e em fim haverá ainda uma terceira e última vinda, que nós professamos todas as vezes que rezamos o Credo, ‘De novo Ele virá na glória para julgar os vivos e os mortos’”.
Francisco falou da “vinda repentina do Senhor”. “Surpreende-nos, sempre, pensar nas horas que precedem uma grande calamidade: todos estão ali tranquilos, fazem as coisas normais, de sempre, sem perceber que sua vida está para se reverter”.
“O Evangelho certamente não nos quer amedrontar, mas abrir o nosso horizonte para a dimensão ulterior, maior, que por um lado relativiza as coisas do quotidiano, mas, ao mesmo tempo as torna preciosas e decisivas”, acrescentou.